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O investimento da indústria de proteção de plantas em investigação e desenvolvimento de novas soluções tem levado a uma melhoria da eficácia deste tipo de produtos. De acordo com o estudo ‘The Evolution of the Crop Protection Industry Since 1960’, publicado pela consultora Phillips McDougall, desde 1950, a dose média de produtos fitofarmacêuticos aplicada por hectare diminuiu em 95%, o que significa que hoje é usada uma menor quantidade de produto para se obter o mesmo nível de eficácia.
O estudo refere ainda que os avanços “tecnológicos ajudaram a Indústria da Proteção das Plantas a ir ao encontro das expectativas dos consumidores por produtos mais seguros e, ao mesmo tempo, a cumprir a sua missão de ajudar os agricultores a produzirem mais e melhores alimentos”, indica a Anipla, que esta segunda-feira (10 de dezembro) divulga os resultados da investigação. O relatório mostra também que a quantidade de alimentos produzida por cada quilo de substância ativa aplicada aumentou mais de 10%, desde a década de 80 do século XX.
Por outro lado, o documento mostra que o perfil de segurança dos produtos também melhorou. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os produtos fitofarmacêuticos em quatro categorias, que vão desde a Classe I (extremamente tóxico) à Classe U (pouco provável de ser perigoso). A investigação da Phillips McDougall mostra que houve uma redução média de 40% na toxicidade aguda das substâncias introduzidas no mercado desde os anos 60 e indica ainda que metade das que foram introduzidas desde 2000 pertencem à Classe U e nenhuma à Classe I.
António Lopes Dias, diretor executivo da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), defende que “os avanços da Indústria da Proteção das Plantas são verdadeiramente notáveis e a atividade agrícola é cada vez mais segura, eficiente e sustentável, muito graças ao investimento em tecnologia e inovação levado a cabo nos últimos anos. Portugal é um exemplo dos dados apresentados no estudo e os nossos agricultores estão cada vez mais dotados de ferramentas e técnicas inovadoras, o que explica porque é que os nossos alimentos são dos mais seguros da zona Euro, como apontou o último relatório da EFSA. No entanto, há ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito ao esclarecimento dos consumidores para os verdadeiros benefícios dos PF na qualidade, segurança e preços acessíveis dos alimentos que chegam às suas mesas, diariamente.”