Cerca de 50% da área florestal da Madeira estará, em breve, abrangida, em permanência, pelo novo Sistema de Deteção Remota de Incêndios Florestais.
O sistema já implementado, sob a forma de projeto-piloto, pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil, em parceria com a Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais conta, nesta fase, com uma câmara de infravermelhos instalada no Montado do Paredão, na Estrada Florestal que liga a Eira do Serrado ao Chão da Lagoa.
O Presidente do Governo Regional assistiu a 16 de março, no Montado do Paredão, à apresentação do Sistema de Deteção Remota de Incêndios, um novo sistema de vigilância que tem por base câmaras de infravermelhos com capacidade para detetar ignições numa área de cinco quilómetros
Miguel Albuquerque, visitou o local, onde decorreu a apresentação do projeto, com uma demonstração prática deste novo sistema que representa um investimento na ordem dos 700 mil euros, ao abrigo do PO-SEUR.
«O nosso sistema de prevenção e de deteção de ignições baseia-se na vigilância», recordou Miguel Albuquerque na sua declaração aos jornalistas.
«Temos, neste momento, as torres de vigilância a funcionar e o patrulhamento móvel, através do Plano Operacional de Combate aos Incêndios Florestais, que é, no fundo, a alocação de homens e material a circular na ilha, com o objetivo de detetar e combater focos de incêndio na sua fase inicial. Com este projeto-piloto, nós vamos complementar toda esta ação. Estas câmaras detetam fontes de calor, através de infravermelhos numa área de quase cinco quilómetros. A ideia é avançarmos já para a instalação de cinco novas câmaras para cobrir cerca de 50% da área florestal da Madeira», explicou.
O Presidente do Governo adiantou ainda que a experiência ao longo dos últimos quatro meses, através da câmara já instalada no Montado do Paredão, demonstrou que o sistema remoto de deteção de incêndios funciona bem na Madeira.
Contudo, o governante não deixa de frisar de que se trata de um sistema que vem complementar toda a ação de vigilância desenvolvida e implementada pelo Governo Regional, no início do atual mandato, designadamente o Plano Operacional de Combate a Incêndios Florestais.