O secretário da Agricultura e Florestas dos Açores anunciou que está a ser ultimada uma portaria que visa compensar os produtores agrícolas pelos prejuízos causados pela seca dos últimos meses na cultura de milho forrageiros e na hortícola.
«Estamos a ultimar uma portaria que vai definir um conjunto de regras para os agricultores poderem aceder às ajudas. E estamos a trabalhar para que, no dia 06 de agosto, seja aberto o período de candidaturas e depois seguir-se-á um período de análise», disse João Ponte, em declarações aos jornalistas.
«Neste momento, optámos por não definir as ajudas por hectare para as diferentes culturas, seja no domínio hortícola ou forrageiro, sem no fundo ter uma noção dos hectares quer estão a ser afetados. E isto será feito numa fase posterior, logo que esteja concluído o processo de candidaturas», sustentou o titular pela pasta da Agricultura e Florestas na região.
O secretário regional disse, porém, que devido «aos aguaceiros dos últimos tempos, embora não de forma homogénea em todas as ilhas, nota-se que há alguma recuperação de algumas culturas».
«É uma boa notícia, mas temos consciência que há um conjunto de culturas que é preciso recuperar e estamos a trabalhar para ser possível recompensar ou minimizar estes prejuízos devido à seca», sublinhou.
João Ponte referiu ainda que o abastecimento de produtos hortícolas na região não está em risco, mas admitiu um «aumento» dos preços de venda «o que já se faz sentir em algumas culturas».
«O que poderá acontecer é a importação. O que já acontece, porque o que produzimos na região a nível hortícola ainda não é suficiente para abastecer o mercado», acrescentou, assegurando, no entanto, que o executivo açoriano tem promovido medidas para o crescimento do setor hortícola, referindo também que decorre um estudo para caracterizar aquela produção, com o objetivo de diminuir as importações e aumentar as exportações de alguns produtos, como por exemplo a batata-doce.
O Governo dos Açores tinha anunciado que vai conceder um apoio extraordinário para a aquisição de 10 mil toneladas de alimentos para os animais para fazer face às dificuldades causadas pela seca.
Fonte: Lusa