Produtores de castanha pedem apoios para enfrentar ano de “calamidade”

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A Associação de Produtores de Castanha Transbaceiro, de Bragança, revelou que vai pedir apoios ao Governo para enfrentar aquilo que considera ser uma “calamidade”: as elevadas perdas de produção devido à seca extrema que vive o país. De acordo com o Observador, que cita Carlos Fernandes, presidente da associação de produtores, “esta campanha será uma calamidade para os produtores de castanha e uma tragédia para a economia da região”.

Os responsáveis pela associação querem que o Governo declare situação de calamidade pública na região e pedem ainda a criação de uma linha de crédito para os produtores, isenção do pagamento de contribuições à Segurança Social e uma antecipação dos apoios.

E mais do que a perda de castanha, está em causa a perda de calibre deste fruto seco, dizem os produtores, já que sem chuva não existem condições para se desenvolver. “A castanha não tem calibre, não se conserva”, defende Carlos Fernandes.

Recentemente, em declarações à Rádio Renascença, Albino Bento, presidente do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, também defendeu que este ano poderá existir uma elevada quebra na produção naquela que é a grande região produtora de castanha em Portugal [Trás-os-Montes], sendo responsável por cerca de 25 mil toneladas anuais.

“Vê-se muito castanheiro seco, resultado de um período prolongado de seca em que o castanheiro está debilitado”, explicou.

José Laranjo, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e presidente da RefCast (Associação Portuguesa de Castanha), por sua vez, acredita que poderão existir ganhos para os produtores perante a diminuição de produção, com a valorização do fruto.

“Se calhar, podemos ter uma valorização da castanha. Este ano a produção pela falta de chuva apresta-se para ser inferior à do ano passado e havendo menos produção o preço vai subir”, defendeu António Laranjo.

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