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A produtividade média da azeitona passou de 0,5 toneladas de azeitona/hectare para 2 toneladas de azeitona/hectare nos últimos 18 anos. Os números constam do estudo ‘Alentejo: A Liderar a Olivicultura Moderna Internacional’, coordenado pela Consulai e pela Juan Vilar Consultores Estratégicos, apresentado hoje (26 de novembro) nas Jornadas da Olivum.
Portugal é o nono país com maior área de olival no mundo e o sétimo maior produtor mundial de azeite. A área de olival portuguesa representa atualmente 631.483 hectares dos quais 352.404 hectares são dedicados à produção de azeitona para azeite.
A produção de azeitona atingiu as 858.413 toneladas em 2017, um crescimento de 2,5 vezes em relação às 362.301 toneladas produzidas em 2006.
Olival moderno domina
O olival tradicional ocupa uma área de 134.000 hectares, o que representa 37,2% do total nacional, com maior expressão em Trás-os-Montes e Beira Litoral. O olival moderno em copa ocupa 119.000 hectares (33,2% da área total) e está representado em todas as regiões de forma semelhante. Já o olival moderno em sebe ocupa 108.000 hectares (29,6% do total nacional).
Em 1999 apenas 2% do olival era moderno, mas atualmente já representa 63% da área total, o que revela “uma profunda transformação de um olival tradicional não competitivo para um olival moderno e eficiente”, indica o estudo.
Qualidade aumenta… e expectativas também
95% do azeite atualmente produzido em Portugal é certificado como virgem e virgem extra, um valor que compara com 72% em 2005, e que deixa o nosso país no top mundial dos produtores neste segmento de qualidade.
Ainda de acordo com este estudo “com o crescimento esperado nos próximos 10 anos, Portugal será a maior referência na olivicultura moderna e eficiente do mundo, e possivelmente o sétimo maior em superfície e o terceiro maior na produção mundial de azeite, o que não surpreende pelo facto do país já contar com duas empresas que são referências internacionais na produção de azeitona e embalamento de azeite”, pode ler-se. Acresce ainda a particularidade de Portugal ser uma das primeiras regiões do mundo onde se inicia a campanha da azeitona, beneficiando assim do fator precocidade.
Eficiência na mira
O estudo é perentório: dos 64 países que produzem azeite a nível internacional, Portugal é aquele que tem os melhores recursos para produzir de forma eficiente. Isto deve-se a 4 fatores fundamentais: “tamanho das explorações, disponibilidade de água, momento de maturação do fruto e as características inovadoras das suas explorações, sem esquecer o elevado nível tecnológico dos seus lagares que são os mais modernos do mundo”. Nota importante: esta situação ocorre, sobretudo, na área de influência do projeto de Alqueva.
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Fonte: Vida Rural