Processo para venda de carne de porco nacional na China concluído

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O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural garantiu à Lusa que o processo para a venda de carne de porco na China foi concluído e adiantou que outros dossiers estão em desenvolvimento.

«O processo tem vindo a ser negociado e está finalizado. Está apenas dependente de pequenos detalhes de natureza estritamente burocrática, mas foi assumido, com toda a clareza, pelo senhor ministro das Alfândegas da China, que esse é um processo dado como concluído e que nos próximos dias estará totalmente regularizado», disse Capoulas Santos, em declarações à Lusa.

O governante referiu que durante a visita à feira das importações da China, em Xangai, que se iniciou na segunda-feira, teve oportunidade de reunir com representantes da fileira suinícola portuguesa que esperam, em poucas semanas, «passar a enviar numa primeira fase, apenas do matadouro, cerca de 10 mil suínos por semana» para aquele país.

Capoulas Santos indicou que os processos de abertura de novos mercados, como o da carne de suíno, estão sempre dependentes de um «conjunto de exigências» que arrastam as negociações, que são também afetadas pela capacidade de resposta do mercado aos pedidos externos.

«Por isso, quando se trata de abrir um mercado, no caso o da carne de porco, vieram a Portugal, por várias vezes, missões de inspetores sanitários para verificar onde os produtos são produzidos, como é que são produzidos, quais são as regras de boas práticas, como funciona o serviço de fiscalização e como está assegurada a segurança e higiene nas salas de transformação e abate de animais», disse.

O ministro da Agricultura adiantou ainda que estão a decorrer outros processos, particularmente, no que diz respeito à entrada de frutas, como uvas de mesa, maçãs e peras, no mercado chinês. Por sua vez, o vinho, o azeite e os produtos lácteos são «mercados já abertos» na China.

De acordo com o Ministério da Agricultura, em três anos, Portugal abriu mercados em mais de 50 países para cerca de 190 produtos. «O nosso problema não é a falta de mercados, mas a capacidade de dar resposta, face à nossa dimensão», concluiu Capoulas Santos.

A comitiva portuguesa, chefiada pelo ministro da Agricultura, contou ainda com o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, e de uma delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

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