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Eduardo Oliveira, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), disse esta segunda-feira (16 de outubro) que o facto de existirem agricultores a fazerem queimadas ilegais revela que o setor agrícola “não está imune a mau comportamento cívico”.
“Há muitos desleixos nas queimadas, assim como há muitos condutores apanhados por excesso de velocidade, portanto o setor agrícola não está imune a esse mau comportamento cívico” existente em Portugal, defendeu.
De acordo com o presidente da CAP, “é preciso alterar comportamentos” no país, já que “não é normal muitos incêndios começarem de noite”. Segundo Eduardo Oliveira, é preciso reformular todo o dispositivo da Proteção Civil em vez de responsabilizar o setor florestal e criar uma alternativa para “a figura do bombeiro voluntário” que “se adequa pouco à gravidade dos incêndios” do país. “O combate tem de ser feito por profissionais”, sublinhou.
Este fim-de-semana os incêndios que deflagraram por todo o país chegaram às quatro centenas, fazendo do domingo passado (15 de outubro) o pior dia de incêndios do ano, de acordo com as autoridades nacionais.
Para já estão contabilizadas 36 vítimas mortais e o país deverá manter-se em situação de calamidade pública em todos os distritos a norte do rio Tejo.