Pouca chuva vai ‘empurrar’ agricultores para novas culturas

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A Comissão de Acompanhamento da Seca, criada pelo Governo em maio, esteve esta segunda-feira (2 de outubro) reunida para avaliar a situação do país depois de um mês de setembro seco e com temperaturas acima dos 30 graus. Ao que tudo indica, até ao final do ano os níveis de preocupação do setor não deverão diminuir, já que se avizinham meses de pouca precipitação e temperaturas elevadas, que poderão obrigar os agricultores nacionais a investir em culturas com poucas necessidades hídricas.

A Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, que reúne responsáveis do Governo de áreas como a agricultura e ambiente, finanças, administração interna, administração local, trabalho, saúde, economia e mar, e o Ministério da Agricultura, poderão ter que alargar o âmbito das medidas de apoio aos agricultores, já que as previsões do IPMA até ao final de dezembro apontam para pouca chuva e uma subida de temperaturas face ao habitual nesta altura do ano.

Para já, a Agência Portuguesa do Ambiente está a aconselhar os agricultores e produtores pecuários a antecipar as necessidades de água, de forma a que seja possível gerir as reservas ainda existentes.

Nesse sentido, em breve a organizar vai iniciar uma campanha de sensibilização para a necessidade de se fazer um melhor uso da água, especialmente numa altura em que as reservas do país atingiram um novo mínimo.

Das 60 barragens monitorizadas pela Agência Portuguesa do Ambiente em setembro, 23 apresentavam menos de 40% do volume total e a bacia do Sado estava com 18,2% do volume quando a média dos últimos anos para o mês de setembro era de 42,6%.

Em declarações ao Diário de Notícias, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, explicou que uma das consequências da seca vivida no país poderá ser uma alteração nas culturas do país. “Podemos chegar ao ponto de recomendar aos agricultores que não cultivem algumas espécies na próxima época. Para esta não haverá problemas, mas na que se segue e no que diz respeito às espécies que precisam de mais água pode haver algumas recomendações”, sublinhou.

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