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A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) afirmou na passada semana que a construção do armazém de resíduos nucleares em Almaraz “pode ter impactos trágicos” na alimentação. A organização teme que haja algum problema e já pediu ao Executivo português e à Comissão Europeia que coloquem um travão nesta possibilidade.
“Pode fazer com que essa água que vem do rio Tejo e que constitui um imenso regadio para a agricultura portuguesa e para a espanhola também possa, numa situação de problema sério, ser contaminada por resíduos nucleares, o que seria trágico quer para a alimentação quer para a agricultura portuguesa”, sublinhou o dirigente da CNA, João Dinis, em declarações à Lusa.
O responsável afirmou que o país “produz bons alimentos e com qualidade alimentar” e lembrou que a possibilidade destes “serem contaminados por radioatividade” “seria perfeitamente trágico”.
Também o ministro do Ambiente, Pedro Matos Fernandes, referiu na passada semana que acredita que “no próximo ano, por esta altura, o diferendo” com Espanha em relação à construção do aterro de resíduos nucleares em Almaraz “estará resolvido” a favor de Portugal, que desde o início contesta a construção deste aterro.