Investigadores reunidos na UTAD apontaram caminhos ao governo.
Reunidos na aula magna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), investigadores e técnicos responsáveis de diversas instituições nacionais refletiram sobre as atuais problemáticas do setor florestal num seminário intitulado “Valorizar e promover a Floresta”. Desta reflexão, que teve como moderadores diversos deputados representantes dos partidos políticos, resultou um conjunto de conclusões para enviar aos principais órgãos de soberania da nação.
Distribuídos por cinco painéis (Planeamento, Ordenamento, Gestão, Prevenção e Combate dos incêndios florestais) os trabalhos trouxeram a lume um vasto conjunto de preocupações que esperam sejam atendidas pela Administração Central.
A Floresta não é apenas fogo – foi lembrado no debate. O foco tem estado mais centrado na vertente do combate do que na prevenção, e urge inverter este cenário. É imperioso investir na floresta, através de um correto ordenamento florestal, impondo-se igualmente um correto planeamento operacional. E não é possível falar de ordenamento florestal sem falar de ordenamento agrícola, logo de ordenamento rural. E esse ordenamento deve também ser focado na gestão dos riscos.
Defenderam igualmente os especialistas a necessidade de políticas de apoio ao setor Florestal com características diferenciadoras para o território. “Necessitamos de um movimento associativo forte que deve ser apoiado, e não subsidiado, e necessitamos de novas competências e capacitação das autarquias”, foi expresso nas conclusões.
O realce maior foi para a necessidade de um Ordenamento do território onde se definam usos equilibrados do mesmo, devendo as áreas afetas à florestal assentar num ordenamento florestal eficiente, obrigatoriamente assente numa gestão que se baseia em conhecimento científico. E aqui mostrou-se fundamental a formação de Engenheiros Florestais em Portugal, uma formação que tem sido diminuta e, por isso, não tem capacidade de responder à crescente necessidade de desafios que se colocam na gestão dos recursos florestais. São, por isso, necessários mais Engenheiros Florestais, um desafio para o qual bem se sabe como a UTAD tem as melhores respostas para dar.
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