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A Lusosem e o Instituto Superior de Agronomia (ISA) integraram um consórcio internacional para o estudo do ‘tremoço dos Andes’ (Lupinus mutabilis). O consórcio, batizado de LIBBIO, conta com 11 entidades públicas de investigação e três empresas privadas de oito países europeus.
O objetivo deste grupo de trabalho é estudar o ‘tremoço dos Andes’ como nova cultura agrícola ecológica para a Europa e como alimento funcional, nomeadamente para a utilização em cosméticos antienvelhecimento e biomateriais.
De acordo com a Lusosem e o ISA, a investigação irá avaliar o potencial agronómico do Lupinus mutabilis na Europa e o impacto ambiental e socioeconómico da cultura, a viabilidade tecnológica e rendimento industrial como matéria prima para biorefinarias e a apetência do mercado por produtos derivados do tremoço.
Os investigadores estão a investigar variedades de tremoço (não-OGM) e a sua adaptação às condições de clima e solo da Europa. O L. mutabilis é uma leguminosa, utilizada há mais de seis séculos que pode ser cultivada em terras de várias qualidades, mas segundo a Lusosem, “este projeto aposta no tremoço como opção cultural para ocupação de terras marginais na Europa, devido à sua reduzida necessidade de fertilização e elevada capacidade de fixar azoto no solo”.
O consórcio acredita que o ‘tremoço dos Andes’ pode ser uma alternativa à soja (OGM) uma vez que “tem um teor em óleo e de proteína equivalentes aos da soja, mas com vantagens agronómicas e ecológicas: reduzida necessidade de fertilização; elevada capacidade de fixar azoto no solo e de prevenir a erosão do solo; aumento da biodiversidade e maior sequestro de carbono.”