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O pedido partiu da eurodeputada checa Kateřina Konečná: a Comissão Europeia deve reforçar as medidas ambientais para evitar a desflorestação causada pela produção de óleo de palma e eliminar a utilização de óleo de palma nos biocombustíveis até 2020.
De acordo com a eurodeputada, “o Parlamento Europeu deve ser ambicioso. Não deveria existir óleo de palma nos biocombustíveis”. Utilizado em produtos alimentares, cosméticos e biocombustíveis, o óleo de palma tem sido apontado como um dos principais responsáveis pela desflorestação, perda de habitats naturais e aumento das emissões de gases com efeitos de estufa.
Ainda assim, a sua utilização duplicou desde 2010 e, de acordo com as estimativas do Parlamento Europeu, a sua utilização deverá voltar a duplicar até 2050. “A UE é um dos maiores consumidores mundiais de óleo de palma, embora esteja a tentar reduzir do seu consumo”, defendeu Kateřina Konečná.
Assim, na passada semana a Comissão do Parlamento Europeu Ambiente votou a proposta da eurodeputada checa para minimizar o impacto da indústria do óleo de palma no meio ambiente. Com 56 votos a favor e apenas um contra, o Parlamento Europeu pretende agora colocar em marcha um conjunto de medidas que ajudem a eliminar a utilização deste tipo de óleo nos biocombustíveis e a minimizar a desflorestação.
Para além disso, está ainda em cima da mesa um sistema de certificação que assegure que o óleo de palma utilizado tenha sido produzido sem causar desflorestação, danos ecológicos ou conflitos sociais.