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O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) criticou esta semana a estratégia do Governo para a Agricultura. De acordo com André Silva, deputado do partido, “o país precisa de uma visão a longo prazo e de sustentabilidade” e as opções do Ministério da Agricultura revelam que “está em evidente contraciclo em termos de políticas de sustentabilidade”.
Estas declarações foram proferidas durante o debate parlamentar do Orçamento do Estado para 2018, documento no qual, de acordo com o deputado, não consta nenhuma referência à agricultura biológica.
André Silva lamentou também que o Executivo continue a apostar no regadio, salientando que o uso doméstico é responsável por apenas 20% do consumo de água e prometendo reapresentar a proposta de alteração na definição da Taxa de Recursos Hídrico, chumbada há um ano. “Perante um cenário de total insustentabilidade, a estratégia do Ministério da Agricultura tem sido: pagar para poluir (…) Dá a ideia que os Reis do Gado são quem manda no Ministério da Agricultura e no país”, acusou ainda.
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu-se referindo que “temos que compatibilizar o bom uso da água com o investimento que permite melhorar o desenvolvimento do nosso território”. António Costa disse também que está nos planos do Governo alargar em mais 90 mil hectares a área de regadio para melhorar a qualidade da produção agrícola.