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Os elevados níveis de ozono (troposférico) no Douro vinhateiro podem levar a uma perda de produtividade média de cerca de 30%. A conclusão é do projeto de investigação Dourozone, uma iniciativa do Centro de Estudos do Ambiente do Mar (CESAM), laboratório associado da Universidade de Aveiro (UA), do Departamento de Ambiente e Ordenamento e do Departamento de Física, da mesma instituição académica, e do Instituto Politécnico de Bragança.
O projeto analisou o efeito da exposição da vinha duriense ao ozono, em clima presente e em cenários de alteração climática, e revela que “os elevados níveis de ozono (troposférico) no Douro vinhateiro podem levar a uma perda de produtividade média de cerca de 30% se a exposição aos valores registados de ozono ocorrerem de forma recorrente durante três anos consecutivos”.
“O ozono acumulado nas baixas camadas da atmosfera, ozono troposférico, é um poluente secundário que resulta da reação de outros poluentes, sob ação da radiação solar. Pelo contrário, nas altas camadas da atmosfera, o ozono filtra os raios ultravioleta da emissão solar, tendo um efeito benéfico para a vida na Terra. Os níveis elevados do indicador de exposição acumulada, calculados para a Região Demarcada do Douro, indicam que o ozono pode estar a provocar danos nas vinhas e potencialmente a diminuir o seu rendimento e qualidade”, indica ainda o estudo.
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