Em entrevista à revista AGROTEC, o Presidente do Instituto Politécnico de Santarém e antigo Diretor da Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS), José Potes, fala do percurso do IPSantarém que celebrou em 2018 130 anos. «A ESAS tem-se esforçado por manter formações muito ligadas aos sistemas e processos produtivos, o que facilita a integração dos alunos no mercado de trabalho», salienta o responsável.
Entrevista: Ana Clara | Fotos: IPSantarém
AGROTEC: Assumiu recentemente o cargo de presidente do Instituto Politécnico de Santarém. Quais os desafios que se colocam à instituição e quais as suas principais prioridades?
José Potes: O principal desafio ao IPSantarem é a abertura à sua região de influência e colocar ao serviço da mesma as suas competências para ser partícipe no desenvolvimento regional.
AG: Em termos de ensino superior em Portugal, o IPS destaca-se por formar alunos em várias áreas. Quais os cursos com maior procura na instituição? E quais as áreas onde oferece maior empregabilidade?
JP: Nas cinco Escolas que constituem o IPSantarem oferecem-se formações em todos os níveis, das quais em cada situação haverá sempre uma, ou várias que denotam maior procura. Desde o sector agrário, ao desporto, passando pela saúde, gestão ou educação, comprova-se a apetência pelos baixos níveis de desempregados nos ex-alunos da Instituição.
AG: Falando um pouco da Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) que em 2018 celebra 130 anos. É um legado secular já muito significativo. Qual o papel da instituição na melhoria do setor em Portugal?
JP: A melhor prova do impacto da Escola de Santarém do desenvolvimento agrário nacional foi a Feira do Empreendedorismo que se realizou no âmbito das comemorações dos 130 anos e que reuniu 42 empresas com ligações à Escola através dos ex-alunos a elas ligados, numa manifestação clara e evidente da divulgação e transferência do conhecimento.
AG: Qual a evolução da ESAS e onde se posiciona atualmente a nível de prioridades?
JP: As prioridades atuais da ESAS são o envolvimento com o tecido empresarial agrícola e agroindustrial, para melhor formação dos seus alunos e corresponder às solicitações que cada vez mais surgem no domínio do conhecimento e tecnologias aplicadas.
AG: Que cursos teve inicialmente a ESAS e que evo¬lução fez a instituição até hoje nesta matéria?
JP: Inicialmente a ESAS dispunha de formações nos domínios Agrícola, Animal e Tecnologias e que se mantêm, apesar de ter passado por ofertas formativas na área do Ambiente ou Ordenamento do Território, que não tiveram o mesmo sucesso. Contudo, quer a nível de Cursos Técnicos Superiores Profissionais ou Mestrados, temos um leque mais alargado de especializações, muito dinâmico e versátil.
AG: Que valências oferece a ESAS a nível de mercado de trabalho e porque procuram os alunos esta escola e não outra, por exemplo?
JP: A ESAS tem-se esforçado por manter formações muito ligadas aos sistemas e processos produtivos, o que facilita a integração dos alunos no mercado de trabalho. Também é um fator importante na empregabilidade a rede de ex-alunos, que mantendo um contacto permanente resolvem muitas soluções de encontro da oferta com a procura.
AG: Que vantagens e dificuldades têm os alunos quando terminam os seus cursos na ESAS e chegam depois ao mercado de trabalho? Há parcerias e acordos de estágio, por exemplo?
JP: O conhecimento dos sistemas e processos de produção anteriormente referido facilita a integração no mercado de trabalho e só é possível através das parcerias com as empresas que setorialmente garantem os protocolos de estágios curriculares.
AG: Qual a área/curso com mais empregabilidade?
JP: É difícil eleger um curso ou área com maior sucesso nesta matéria, além de que varia bastante de ano para ano, de acordo com as dinâmicas empresariais.
(Continua).
Nota de Redação:
Esta entrevista foi publicada na edição n.º 29 da AGROTEC.
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