O concelho de Sernancelhe apresentou seis produtos agroalimentares endógenos que são referências económicas e com grande potencial para projetar aquele território, também do ponto de vista do turismo.
A conclusão surge na sequência da apresentação oficial do estudo “Setor Agroalimentar de Sernancelhe, Diagnóstico e Perspetivas de Futuro”, desenvolvido no âmbito do “Projeto Crescer+Inovador”, que decorreu no dia 18 de dezembroque teve como promotor a Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe (ACIS) e parceiros o Município e a Associação Sementes da Terra.
Castanha, Maçã, Vinho, Mel, Azeite e o Queijo da Lapa são os produtos que diferenciam a agricultura de Sernancelhe, como resulta deste estudo, que auscultou os agricultores e apontou um modelo de desenvolvimento sustentável para a região, visando fomentar a inovação e promover as empresas do Concelho, tornando-as mais dinâmicas e competitivas.
No evento, que contou com a presença de diversos produtores, Armando Mateus, Vereador do Município, referiu que este estudo é um “ponto de partida, pois reconhece que a nossa agricultura tem dimensão e tem produtos de grande qualidade”. Referindo tratar-se, em primeiro lugar, de “um diagnóstico”, entende que, de agora em diante, os agricultores e as empresas passam a ter também um documento que traça perspetivas de futuro e pode ser decisivo na elaboração de candidaturas a apoios comunitários ou para novos investimentos.
Na opinião de João Aguiar, Presidente da ACIS, o documento «reflete ainda novos ensinamentos sobre a agricultura e sobre os produtos que mais nos identificam», reconhecendo, por isso, que o livro que agora fica disponível é “importante porque traz novos conceitos e novas perspetivas do setor primário”, apontando para a importância de estarem associadas aos nossos produtos dinâmicas como internacionalização ou imagem.
Por seu turno, Filipe Brízida, da Índice Consultores, empresa responsável pelo estudo sobre o Setor Agroalimentar de Sernancelhe, explicou que o trabalho apresentado é a última etapa do projeto Crescer+Inovador, que contemplou ações como um Plano de informação estratégica sobre esta temática, a realização de jornadas técnicas, a presença digital através de uma plataforma tecnológica com central de compras e aplicação móvel, atividades de promoção do projeto e acompanhamento e avaliação.
De resto, aquele responsável reforçou que o trabalho veio dar a conhecer e potenciar «produtos autênticos, com centenas de anos de existência, que caraterizam o concelho», fazendo parte da sua história e cultura, precisamente o que hoje o turismo procura. Filipe Brízida disse ainda que “este estudo procurou caraterizar o concelho, os produtos e dar a conhecer as linhas de orientação para o que poderá ser feito para potenciar a região, desejando que o mesmo possa contribuir para impulsionar os produtos, os agricultores e as empresas.
O estudo, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional da Região Norte, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, está disponível no sítio Crescer+Inovador, onde estão elencados os produtos e seus produtores e está disponível uma loja online, um espaço de Benchmarking para partilha de ideias e das boas práticas, ideias de projetos, modelos de negócio, desenvolvimento de novos produtos e serviços, práticas de negócio, novas metodologias de produção e promoção de novos produtos.
Ler Artigo Original
Fonte: Agrotec