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A líder do CDS-PP e ex-ministra da Agricultura, Assunção Cristas, pediu esta semana ao atual ministro da Agricultura, Capoulas Santos, que clarifique que medidas está o Governo a preparar para responder à situação de seca que o país atravessa e que está a afetar milhares de agricultores.
Assunção Cristas referiu esta semana que “é muito importante que o Ministério ponha cá fora um pacote de medidas que já vêm atrasadas, que estavam pré-preparadas, porque já há muito tempo que existe um grupo de trabalho em permanência para monitorizar as situações de seca”.
A líder do CDS diz não entender “ a ausência do ministro da Agricultura” apesar das queixas do setor e de existirem “medidas estudadas do passado”, como a isenção da taxa de recursos hídricos, isenções de contribuições à segurança social e apoios ao investimento.
O ministro da Agricultura já veio responder e, num comunicado enviado à comunicação social refere que as declarações de Assunção Cristas são “lamentáveis e absolutamente oportunistas”.
Capoulas Santos lembra que “como a senhora bem sabe, ou deveria saber, já em outubro de 2016 foi adotado um conjunto de medidas de apoio, no montante de 3 milhões de euros, que beneficiaram os concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa”. Mais recentemente, prossegue o ministro, o Conselho de Ministros aprovou “a criação de uma comissão permanente para prevenir, monitorizar e acompanhar os efeitos da seca e para elaborar um plano de contingência e estabelecer eventuais medidas preventivas”.
Neste momento, através das suas Direções Regionais, o Ministério da Agricultura, está a monitorizar o território agrícola quinzenalmente e a realizar um levantamento exaustivo desta matéria. Capoulas Santos, que acompanha a situação com preocupação, garante que “no momento próprio, com rigor e seriedade, irá adotar as medidas que a situação for progressivamente justificando”.
O titular da pasta da Agricultura lamenta a postura da deputada centrista sobre esta temática, que está a “utilizar a ansiedade e a preocupação dos agricultores para fazer um exercício de prova de vida, e até como argumento de campanha eleitoral, o que é a todos os títulos uma forma de fazer política que eu recuso e que este Governo jamais fará”.