Ministro da Agricultura quer manutenção do orçamento da PAC pós 2020

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O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, defendeu a manutenção do orçamento da Política Agrícola Comum após 2020, considerando que a quebra decorrente da saída do Reino Unido da União Europeia deve ser compensada.

«A posição portuguesa quanto à agricultura é a defesa da manutenção do orçamento atual», disse o governante, em declarações aos jornalistas na feira Ovibeja, em Beja.

Numa altura em que a nova Política Agrícola Comum (PAC) pós 2020 está em período de discussão na União Europeia (UE), Capoulas Santos frisou que «o que vai estar em discussão nos próximos meses é como compensar essa redução» do orçamento decorrente da saída do Reino Unido.

«Já várias propostas foram lançadas, incluindo pelo primeiro-ministro português, vamos ver se se consegue um consenso para aumentar os recursos financeiros» da União Europeia «para compensar a quebra que decorre da saída do Reino Unido», disse.

Aludindo a uma notícia que apontava para uma redução de seis por cento do orçamento da PAC pós 2020, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural disse desconhecer se a mesma tem «fundamento ou não», já que a Comissão Europeia só vai apresentar, «no próximo dia 2 de maio, quarta-feira, as suas propostas de perspetivas financeiras para o período 2020 a 2027».

«A notícia que surgiu, certamente uma fuga de informação, não sei se com fundamento ou não, mas aponta basicamente para uma redução do orçamento da PAC, o que corresponde à redução da contribuição do Reino Unido, que é um contribuinte líquido», afirmou.

Portugal, a par de outros Estados-membros, afiançou Capoulas Santos, «tem-se batido pelo aumento do orçamento comunitário» e, em relação à agricultura, a posição nacional é a de que «o atual orçamento da PAC deve manter-se».

«Agora, a engenharia financeira que vai ser necessária é um assunto que estará em discussão», afirmou Capoulas Santos, insistindo que o “handicap” da saída do Reino Unido terá de ser compensado «de outras formas, quer com novas formas de taxação europeia, e as propostas portuguesas não incidem sobre os contribuintes, quer sobre o aumento dos recursos próprios» da UE.

Fonte: Lusa

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