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O ministro da Agricultura anunciou este domingo (7 de maio) a criação de um grupo de trabalho que terá como missão desenvolver uma estratégia e medidas de controlo da Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos, que tem dizimado a população de coelhos bravos em Portugal.
O anúncio foi feito no encerramento do Encontro Nacional de Caçadores que decorreu no CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém. Durante o evento, Capoulas Santos referiu que “o grupo de trabalho tem um prazo de três meses para apresentar um primeiro relatório e um plano de trabalho, com diversas componentes, incluindo a componente de investigação, boas práticas de gestão e medidas de controlo sanitário” dando dessa forma “um contributo para controlar a febre hemorrágica que tem vindo a afetar os coelhos, sobretudo os juvenis, que são mais vulneráveis às mutações das estirpes virais”.
O ministro afirmou também que “para o Governo a caça é uma atividade muito relevante, nomeadamente pelo papel que desempenha a nível do equilíbrio ambiental, contribuindo para a manutenção do mundo rural e representando um importante valor económico”, lembrando que “é muito mais fácil dizer bem da caça do que fazer alguma coisa pela caça”.
Por isso mesmo, o responsável pela pasta da Agricultura anunciou que serão lançadas medidas de simplificação de procedimentos e ainda a canalização de 10% do valor da receita da caça para aprofundar o conhecimento dos habitats das espécies cinegéticas.
O grupo de trabalho, criado por despacho, é constituído pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (organismo coordenador), Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Direção Geral de Alimentação e Veterinária, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Instituto de Biologia Experimental, Federação Portuguesa de Caça, Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses e Associação Nacional de Proprietários Rurais.