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O economista agrícola Graham Brookes esteve recentemente em Portugal, num seminário promovido pelo Centro de Informação de Biotecnologia, para apresentar os resultados de um estudo de impacto económico do milho Bt nas economias portuguesa e espanhola.
De acordo com o britânico, desde que começou a ser cultivado em Portugal e Espanha, em 1998, o milho Bt permitiu uma produção adicional de 1,89 milhões de toneladas e um aumento no rendimento dos agricultores. Para atingir essa produção com milho convencional, teria sido necessário cultivar uma área agrícola adicional de 15 240 hectares, revelou ainda o economista, referindo que este resultado, com sementes convencionais exigiria o uso adicional de 1042 milhões de m3 de água de irrigação.
O estudo agora publicado mostra ainda que o rendimento dos agricultores portugueses e espanhóis nestes últimos 21 anos de utilização de milho Bt foi de 284,4 milhões de euros. Por hectare, os ganhos financeiros dos agricultores subiram 173 euros, em média.
No que diz respeito aos ganhos ambientais, o estudo explica que a tecnologia utilizada reduziu a pulverização de inseticidas em 678 000 kg de ingrediente ativo (−37%) e, como resultado, diminuiu o impacto ambiental associado ao uso de herbicidas e inseticidas nessas culturas (em 21%, conforme medido pelo Quociente de Impacto Ambiental-EIQ).
Em Portugal, em 2018, a área cultivada com milho Bt em Portugal era de 6 mil hectares, o que representa 6% da área total cultivada com milho (em Espanha, no mesmo ano, era de 115 mil hectares e em onze países fora da UE somava 85 milhões de hectares). Aceda ao estudo completo aqui.
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Fonte: Vida Rural