A Madeira está a perder propriedades agrícolas e área cultivada. Nos últimos oito anos, a superfície agrícola utilizada diminuiu 10% e o número explorações agrícolas sofreu uma redução ainda mais acentuada: 15%.
De acordo com o Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2016 (IEEA 2016), a Região Autónoma da Madeira tinha naquele ano, 11.628 explorações e uma Superfície Agrícola Utilizada (SAU) de 4.893,2 hectares.
Comparativamente ao inquérito anterior (IEEA 2013), a redução de explorações foi de 3,6%, enquanto a SAU diminuiu 7%.
Mas se compararmos com o Recenseamento Agrícola de 2009 (RA09), constata-se que a tendência de decréscimo já vem de longe: o número de explorações agrícolas caiu 14,6%, enquanto a SAU decresceu 9,9%.
Nota-se que a área média de cada exploração agrícola diminuiu ligeiramente depois de uma recuperação. “A área média de SAU (calculada pela divisão da SAU pelo número de explorações com SAU que é de 11 617) fixou-se nos 4 212 m2, acima da apurada no RA09 (3 997 m2), mas ligeiramente inferior à contabilizada no IEEA 2013 (4 365 m2)”, assinala a Direcção Regional de Estatística da Madeira.
A semilha (batata) continua a ser a cultura com maior volume de produção. Em 2017, foram retiradas da terra mais de 30 mil toneladas de semilha: foram mais 4.579 toneladas do que em 2016.
A batata-doce surge como a segunda produção mais relevante no grupo das culturas temporárias com 11.736 toneladas, ou seja, mais 442 toneladas do que em 2016.
Segue-se a cana-de-açúcar, com 10.830 toneladas, cuja produção mantém a trajectória de crescimento dos últimos anos, observando-se uma subida de 0,2% relativamente a 2016.
Nas culturas permanentes destaca-se a produção de banana que atingiu as 23.187 toneladas, um aumento de 8,8% face ao ano anterior.
Em bom plano produtivo está também a produção de uva de castas vitis vinífera que obteve uma subida de 28,5% no volume, fixando-se nas 4.516 toneladas.
No caso da uva – cuja origem de informação é o Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira, (IVBAM, I.P.) – é de referir que 81,4% da produção foi de tinta negra mole (81,7% em 2016).
Fonte: Dnotícias