A Lusosem e o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN) promoveram no passado dia 4 de maio, no Cadaval, um encontro para debater as melhores estratégias para o controlo de pragas da pera e da maçã, no âmbito da utilização do Delegate, inseticida distribuído pela Lusosem.
Entre técnicos de Organizações de Produtores, distribuidores e agricultores, estiveram reunidas 80 pessoas para ouvir falar das principais doenças que afetam as pereiras e as maceiras e como tratá-las.
Segundo Filipa Setas, responsável de marketing e desenvolvimento da Lusosem, “perante a pressão que existe neste momento sobre vários inseticidas existentes no mercado, por resíduos e/ou questões ambientais, o Delegate 250 WG apresenta-se como um produto de futuro, que além da eficácia e persistência apresenta um perfil toxicológico e ambiental muito favorável, bem como o baixo nível de resíduos que apresenta, fator importante num cenário atual em que se verifica um aumento das exportações destas culturas (pera e maçã) e em que há países terceiros onde a exigência a nível dos LMR (Limite Máximo de Resíduos) ainda é superior aos definidos comunitariamente.”
Distribuído em Portugal pela Lusosem, o Delegate é um produto da Dow AgroSciences que veio reforçar o portefólio da empresa portuguesa, ao nível das fruteiras. “Espera-se que venha fortalecer também, o leque de soluções para os fruticultores, permitindo-lhe estabelecer estratégias racionais, onde utilizem as soluções disponíveis o melhor possível para obterem os melhores resultados”, sublinha Filipa Setas.
Já Maria do Carmo Martins, secretária-geral do COTHN que também marcou presença no encontro, falou das principais pragas e doenças que têm atacado os pomares nas últimas três campanhas, com destaque para a psila, cochonilha de São José, cecidómia e bichado, na cultura da pereira. Já nos pomares de macieira, verificou-se um aumento de bichado e aranhiço vermelho na região Norte, bem como de pulgão lanígero em todo o país, sobretudo em pomares mais velhos.
Para Esmeraldina Sousa, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), “não tratar bem a Psila é porta de entrada para outros problemas”. A responsável alertou que “não sendo convenientemente tratada a Psila pode ser uma porta de entrada para outras doenças, nomeadamente o Declínio da Pereira (Pear decline) – Candidatus phytolasma pyri – situação que já se verifica noutros países, sendo que a transmissão da doença faz-se exclusivamente através dos insetos vetores (psilas) ou do contacto entre tecidos vegetais vivos (enxertias).”
Felisbela Mendes, da Divisão de Gestão e Autorização de Produtos Fitofarmacêuticos da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, acrescentou que “no controlo da Psila da Pereira devem ser adotados os princípios da proteção integrada”.
O técnico João Abreu terminou referindo que “os tratamentos inadequados dos pomares contribuem para o desenvolvimento da praga no ano seguinte. É crucial usar elevados volumes de calda (1000 l/ha) e pulverizar bem toda a copa das árvores para que os inseticidas atuem de forma eficaz”.