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A União Europeia decidiu esta segunda-feira (27 de novembro) renovar por mais cinco anos a licença de utilização do glifosato na agricultura no espaço comunitário. A decisão foi aprovada com votos positivos de 18 Estados-membros e nove contra, com Portugal a abster-se.
A decisão chega depois de vários adiamentos sucessivos por ausência da maioria qualificada exigida nas votações dos representantes dos Estados-membros da União Europeia. António Lopes Dias, Diretor Executivo da Anipla, que emitiu entretanto um comunicado sobre a decisão, revela que “a Anipla está satisfeita com um sinal de confiança e seriedade da União Europeia, pela votação positiva na renovação da licença do glifosato.”
“Apesar de estarmos num dia em que milhares de agricultores e produtores europeus podem ver o futuro com mais confiança, a Anipla mantém alguma preocupação pelo atraso na decisão e demonstração da insegurança de alguns dos Estados-membros. Os consumidores europeus ficam a perder quando a União Europeia cede a pressão meramente política para a demora na tomada de decisões que são da ciência – uma vez que cientificamente já foi provada a não perigosidade do glifosato. Por outro lado, mantemos a insatisfação pelo facto de não haver uma renovação por 15 anos, como acontece em todas as situações semelhantes, e voltamos a lembrar que se acaba de introduzir um precedente perigoso na avaliação europeia”, acrescenta.
O responsável diz ainda que “a posição neutra de Portugal é preocupante e injusta para com todo o sector agrícola português, porque demonstra como o nosso Governo não assume a posição que melhor defende os interesses dos seus consumidores e da sua economia.”