O Grupo ISQ vai participar no desenvolvimento do QUALIMILHO, um projeto que visa implementar estratégias inovadoras de integração sustentáveis que garantam a qualidade e a segurança na cadeia de valor do milho e seus derivados.
Vantagens: reduzir de forma eficiente as contaminações com micotoxinas, minimizando assim as perdas económicas e o risco inerente para a saúde pública.
O QUALIMILHO acaba de ser aprovado no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural, informa o ISQ em comunicado.
Este projeto é promovido pela ANPROMIS, e conta ainda com os parceiros, AGROMAIS, INIAV, Sociedade Agrícola da Quinta da Labruja, Sociedade Agrícola de S. João de Brito, Quinta da Cholda e os Agricultores Arminda Henrique de Sousa Luz e Maria Francisca Luz Lino Caetano.
A problemática das micotoxinas constitui um dos temas de maior gravidade que o sector dos cereais enfrenta hoje à escala mundial.
Pedro Matias, Presidente do ISQ, refere que «através do projeto QUALIMILHO, o ISQ continua a colocar a Engenharia ao serviço da Agricultura, consolidando cada vez mais a sua presença neste sector de actividade, afirmando-se como uma entidade de referência no domínio científico e tecnológico e que contribui ativamente para o desenvolvimento da agricultura portuguesa».
«Neste projecto o ISQ irá, por um lado, otimizar as práticas agrícolas através da monitorização de temperatura e humidade no processo de maturação do grão de milho. Por outro, contribuirá para o Desenvolvimento do sistema de apoio à decisão para garantia da qualidade e segurança na fileira nacional do milho com base em ferramentas da 4ª Revolução Industrial», conclui Pedro Matias.
Segundo a FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations, 25% da produção mundial de grãos (especialmente de milho) tem micotoxinas, um dos maiores riscos do Sistema de Alerta Rápido para Alimentos para Consumo Humano e Animal da UE (RASFF).
Estão presentes em todos os elos da cadeia agroalimentar, sendo os seus efeitos mais nítidos ao nível dos agricultores e criadores de gado, pela perda direta nas colheitas, na saúde dos animais, na rentabilidade reprodutiva e/ou na segurança dos seus produtos.
A presença de fatores abióticos extremos (stress térmico ou hídrico, granizo), bióticos (pragas e doenças) e práticas culturais inapropriadas (datas de sementeira e colheita incorretas, densidade excessiva, controlo de doenças ineficiente, etc.) associadas à suscetibilidade das variedades potencia a presença de diferentes micotoxinas.
O milho é a cultura arvense com maior expressão em Portugal, ocupando uma área que ronda os 150 mil hectares e estando presente em cerca de 67 mil explorações agrícolas distribuídas por todo o país. Em algumas explorações atingiram-se altos níveis de produtividade (próximos de 20 ton/ha), mas, o milho produzido só terá escoamento se cumprir padrões de qualidade impostos pela legislação e pelo mercado.
A salvaguarda e melhoria da qualidade e segurança do milho produzido em Portugal é um resultado que vem beneficiar qualquer produtor e as empresas de transformação e comercialização de milho.