–
O Instituto Superior de Agronomia (ISA), da Universidade de Lisboa, publicou um conjunto de recomendações para armazenar pera Rocha e para garantir a qualidade sensorial do fruto durante 11 meses. De acordo com a organização, estas recomendações de armazenamento, baseadas em estudos científicos, foram pensadas para serem adotadas por centrais fruteiras.
Estas recomendações resultam de três estudos do Freshness Lab do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa publicados recentemente nas revistas Postharvest Biology and Technology e Scientia Horticulturae e que explicam a fisiologia e a bioquímica do amadurecimento da pera Rocha, revelando as particularidades desta variedade, e identificam como o fruto responde às condições de armazenamento.
De acordo com o coordenador do Freshness Lab, Domingos Almeida, “sem conservação privamos os consumidores nacionais de pera Rocha durante quase todo o ano e não podemos satisfazer os mercados estrangeiros, mas as peras só são bem conservadas se depois amadurecem e desenvolvem a sua textura e suculência características, mantendo todo o sabor.”
A conservação de pera Rocha em Portugal era feita com um tratamento com difenilamina, cuja utilização foi proibida em 2013 pela União Europeia devido aos perigos para o funcionamento dos glóbulos vermelhos do sangue.
As descobertas agora publicadas pelo ISA podem ser consultadas aqui.