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Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) deu mais um passo para compreender a doença da murchidão do pinheiro. Numa nota enviada às redações, a UC revela que esta equipa de investigação conseguiu descobrir novas proteínas envolvidas na patogenicidade do nemátode da madeira do pinheiro (Bursaphelenchus xylophilus).
Para conseguir este resultado, ao longo de três anos, os investigadores liderados pela cientista Joana Cardoso estudaram duas espécies de nemátodes muito semelhantes: B. xylophilus, causadora da doença, e B. mucronatus – uma espécie com características morfológicas e ecológicas semelhantes às de B. xylophilus mas que não é patogénica.
“Reproduzindo em laboratório as condições do ambiente natural, a equipa quantificou e comparou as proteínas (enzimas) produzidas naturalmente pelas duas espécies de nemátodes e libertadas para o meio envolvente, tendo descoberto que ‘a espécie B. xylophilus liberta uma quantidade muito maior de determinadas proteínas em comparação com B. mucronatus, podendo ser esta a causa para a sua patogenicidade, ou seja, o aumento da secreção destas proteínas é responsável pela destruição das células do pinheiro e consequente morte da árvore’”, explica Joana Cardoso.
“Das 422 proteínas quantificáveis nas duas espécies, 158 são libertadas em muito maior quantidade pela espécie B. xylophilus e que muito provavelmente estão relacionadas com a sua patogenicidade”, acrescenta a investigadora.
Como referem os investigadores, esta descoberta será essencial para o desenvolvimento de “novas estratégias de controlo do nemátode da madeira do pinheiro que constitui uma ameaça à economia europeia”.
Agora, serão caracterizadas e estudadas as funções destas 158 proteínas que são libertadas em maior quantidade, para depois se selecionar as mais relevantes e estudar de bloquear a sua função.
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