Indústria alimentar e setor da Distribuição chegam a acordo para reformulação nutricional de 11 categorias de produto

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A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e um conjunto de associações setoriais chegaram a um entendimento com o Ministério da Saúde para o estabelecimento de metas de reformulação nutricional de 11 categorias de produtos alimentares. O acordo envolve a redução progressiva dos teores de açúcar, sal e gorduras trans em vários produtos e contará com a monitorização independente da Nielsen e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

“Para além da representatividade das organizações envolvidas, este processo ganha um elemento inovador, pelo facto de incorporar um robusto sistema de monitorização independente, conduzido pela Nielsen e pelo Instituto Nacional de Saúde, que irá permitir monitorizar a evolução da composição nutricional dos produtos que representam 80% das vendas das várias categorias, apresentando balanços anuais com base na média ponderada por volume de vendas, o que canaliza os processos de reformulação para os produtos mais consumidos”, explicam a FIPA e a APED numa nota conjunta enviada às redações.

Indústria alimentar e setor da Distribuição chegam a acordo para reformulação nutricional de 11 categorias de produto

Jorge Tomás Henriques, Presidente da FIPA, sublinha que “os compromissos agora estabelecidos permitem dar uma nova evidência ao trabalho que a indústria alimentar já vem desenvolvendo há vários anos e que se tem refletido numa oferta alimentar cada vez mais diversificada e adaptada à novas exigências dos consumidores e da sociedade em geral”. O responsável máximo da Federação considera ainda que “este é um bom exemplo de como o trabalho conjunto pode dar frutos”, e deixa o alerta “de que medidas de caráter unilateral e impositivas por parte do Governo ou do Parlamento terão consequências de muito menor alcance ao nível da saúde pública”.

Já a Presidente da APED, Isabel Barros, explica que “a prioridade é dar resposta às novas tendências de consumo e às preocupações da sociedade, assumido o papel proativo dos agentes económicos na disponibilização de uma oferta cada vez mais saudável”. A representante das empresas de distribuição destaca ainda a importância de se “manter um clima de diálogo entre os vários atores” e reforça a ideia de que “este é o caminho mais acertado para a promoção de estilos de vida mais saudáveis”.

Este acordo resulta de um ano de trabalho conjunto entre as associações e o Ministério da Saúde e enquadra-se na Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), que tem vindo a ser operacionalizada pela Direção-Geral da Saúde.

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Fonte: Vida Rural

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