A poda de frutificação da oliveira deve ser racional e se possível anual, durante o repouso vegetativo.
Esta prática cultural deve ser efetuada no sentido de promover o equilíbrio das árvores, não havendo cortes severos, e respeitar a fisiologia e os hábitos de frutificação de modo a minimizar a contra-safra.
Os objetivos da poda são:
Contribuir para o equilíbrio entre a parte vegetativa e a parte produtiva.
Preservar os ramos do ano, eliminando os mais velhos e doentes já que esta espécie frutifica em ramos de 2º ano.
Os tempos e custos desta operação devem ser razoáveis, pois sempre que possível devem ser efetuadas do solo e com motosserras e serrotes de cabo.
Deve proporcionar, uma boa iluminação e um bom arejamento no interior e ao longo da copa, isto é originar copas bem equilibradas em termos de distribuição de ramos e raminhos.
O número de cortes deve ser reduzido para evitar a propagação das doenças.
Como prevenção recomendamos:
Iniciar as podas pelas árvores mais sãs.
Os cortes devem ficar lisos e inclinados para evitar que a água fique aí depositada.
A desinfeção dos equipamentos de poda deve ser efetuado principalmente quando podamos árvores infetadas. (1 parte de lixívia para 2 de água).
Quando houver necessidade de executar cortes de ramos mais grossos, devemos desinfetar essa superfície com uma pasta cúprica (sulfato de cobre + cal viva 250grs em 3 litros de água).
Após a poda podemos realizar uma aplicação cúprica com ocicloreto de cobre, hidróxido de cobre ou ainda trifloxistrobina, pois evita a disseminação de doenças como:
Olho de Pavão (Spilocaea oleagina)
Poda racional e fertilização equilibrada, sem excesso de azoto e deficiente em cálcio, fósforo e potássio contrariam o olho de pavão.
Utilização de formas de rega que não molhem a rama, (gota a gota).
Gafa (Colletotrichum acutatum e C. gloeosporioides)
Para além das podas equilibradas, o controlo da mosca da azeitona evita o seu aparecimento.
Eliminar frutos gafados, reduz o inoculo para o ano seguinte
Tuberculose da Oliveira (Pseudomonas savastanoi)
Iniciamos as podas pelas árvores sãs.
Após a poda retirar e queimar os ramos com nódulos.
Desinfetar os cortes dos ramos mais grossos com a pasta de calda bordalesa pois os principais períodos de infestação destas doenças são a primavera e o Outono, pois o tratamento fora destas épocas é ineficaz.
Fonte: SNAA – Estação de avisos da Terra Quente