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A conclusão consta de um estudo científico publicado na revista Nature Plants: as imagens aéreas recolhidas com drones e aviões podem ajudar a identificar a presença de xylella fastidiosa ainda antes de surgirem os primeiros sintomas da bactéria nas plantas afetadas.
Peter North da Universidade de Swansea, um dos autores do estudo agora publicado, explica que “o nosso estudo descobriu que os efeitos da bactéria podem ser remotamente detetados antes de ser visível qualquer sintoma nas plantas. Isto permitirá uma rápida identificação das oliveiras infetadas dentro de um olival.”
A xylella fastidiosa, que nos últimos anos tem devastado sobretudo olivais na zona do Mediterrâneo, é habitualmente detetada tardiamente, o que leva a que seja difícil salvar as plantas infetadas, uma vez que ainda não existe um fitofármaco que trave a bactéria.
No âmbito do estudo agora publicado, os investigadores instalaram câmaras modificadas numa pequena aeronave que recolheu imagens hiperespectrais e termais que permitiram observar o campo eletromagnético, apontando, desta forma, as plantas já infetadas com xylella fastidiosa.
As imagens recolhidas foram depois comparadas com as análises recolhidas nas árvores e que tinham sido identificadas pelos cientistas como hospedeiras da xylella fastidiosa. Os resultados revelaram, assim, que os efeitos infeciosos da bactéria podem ser detetados antes de surgirem quaisquer sintomas visíveis.