Decorre hoje e amanhã, em Badajoz, o III Congresso Ibérico do Pasto e do Montado.
Cerca de 500 pessoas, entre proprietários, empresários, técnicos e investigadores irão reunir-se para debater questões de interesse que afetam este ecossistema, que apenas na Extremadura ocupa 1 439 000 hectares.
O objetivo desta terceira edição é, sobretudo, dar destaque ao valor do pasto e do montado, sem esquecer os problemas que ameaçam a sua sobrevivência.
No total, são 30 conferências e seis apresentações distribuídas em seis blocos, com oradores provenientes de universidades, empresas, associações, centros de investigação e administrações.
O encontro terá início com duas apresentações dedicadas à situação do pasto e do montado: ao seu passado, presente e futuro.
Outro tema que foi incluído na primeira jornada do congresso é a sustentabilidade ambiental, já que se trata de uma linha prioritária nas políticas europeias atuais.
Na sessão da tarde, serão apresentados projetos de investigação sobre a doença da seca, a tuberculose bovina, a mudança climática e a melhoria dos sistemas de manuseamento de pastos.
Também se darão a conhecer outras iniciativas inovadoras que já estão em marcha em Portugal através de grupos operativos, nos quais se abordam questões como a gestão integrada da doença do sobreiro, a nutrição e fertilização do montado e o rego de precisão em sobreiros.
Durante o segundo dia, haverá um bloco dedicado à cultura e tradições e à relação com a sustentabilidade social do nosso território. Será também abordada a questão da sustentabilidade económica, explicando modelos de negócio que melhorem a rentabilidade das pequenas e médias explorações, da importância de procurar elementos diferenciadores que valorizem o pasto, tais como o bem-estar animal, a certificação de produção ecológica, a qualidade dos seus produtos, etc.
O congresso irá encerrar com uma mesa redonda sobre “Regulamento e PAC”.
Esta conta com a presença de representantes da Comissão Europeia, que vão abordar como a nova PAC afetará o pasto; dos governos da Extremadura e da Andaluzia, para dar a conhecer as ajudas vigentes em ambas as regiões; bem como do Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación.
Do lado de Portugal, irá intervir um representante do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), expondo as leis e regulamentos que se aplicam ao montado. Também os proprietários, através da Federación Española de la Dehesa (FEDEHESA), darão a sua própria visão sobre este tema.
Este congresso é uma das atividades planificadas dentro do projeto de cooperação transfronteiriça PRODEHESA-MONTADO (Valorização Integral do Pasto e do Montado), cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do Programa INTERREG V-A Espanha – Portugal (POCTEP) 2014-2020.