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A Herdade Maria da Guarda, situada no Alentejo, voltou a atingir um recorde de produção na última campanha, com uma produção de 2,01 milhões de quilos de azeite. Os objetivos do produtor passam agora por investir cerca de 5 milhões de euros na plantação de 120 mil oliveiras e aquisição de uma ‘apanhadora cavalgante’.
De acordo com o produtor, a produção total da herdade na campanha de 2017/2018 atingiu cerca de 2% da produção nacional. As 1,3 milhões de oliveiras da Herdade Maria da Guarda produzem anualmente oito toneladas de oxigénio para o país.
“Num ano em que Portugal e Espanha foram severamente afetados pela seca, o setor do olival no Alentejo conseguiu resistir, tendo algumas casas agrícolas registado mesmo melhorias de produtividade. Resultados alcançados, não só devido aos fortes investimentos privados realizados na última década em estruturas de rega (e suportados pelo fornecimento de água da barragem do Alqueva na década anterior), mas também pela pressão da procura de azeite nos mercados internacionais que suportou uma subida do preço do azeite”, sublinha a Herdade Maria da Guarda.
Para João Cortez de Lobão, acionista da Casa Agrícola Cortez Lobão, “num ano em que muitos setores da agricultura foram fortemente afetados pela seca, conseguimos ter uma colheita muito boa e aumentar novamente a produção de azeite na Herdade Maria da Guarda. Voltamos a focar-nos na exportação e notamos uma maior procura internacional, que reconhece a qualidade do nosso azeite e que não consegue produzir em quantidade suficiente”.
João Cortez de Lobão, acionista da Casa Agrícola Cortez Lobão
O investimento de 5 milhões de euros realizado pela Herdade Maria da Guarda vai traduzir-se na aquisição de mais terrenos na região; na plantação de mais 120 mil oliveiras – aumentando o olival para 1,3 milhões de oliveiras –; na aquisição de uma máquina ‘apanhadora cavalgante’ e de dois novos tratores, para além da contratação de novos colaboradores.
Este novo investimento “vai-nos permitir aumentar o olival, beneficiar diretamente a produtividade e a rapidez com que apanhamos a azeitona e a transportamos para o lagar, preservando a qualidade da azeitona, e aumentar a eficiência da capacidade instalação do nosso lagar”, conclui João Cortez de Lobão.