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O Governo quer que as suas políticas contribuam para a produção, comercialização e consumo de produtos integrantes da dieta mediterrânica. A mensagem é do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, que esta terça-feira (9 de maio) esteve presente na conferência internacional ‘A Herança Cultural da Dieta Mediterrânica’, onde explicou que é intenção do Governo “no âmbito da estratégia e do plano de ação para a agricultura biológica, (…) adotar um conjunto de medidas, contemplando muitas delas, produtos mediterrânicos, das quais destacaria a sua introdução nas ementas escolares”.
O Ministro da Agricultura sublinhou também que “o Governo tem em execução medidas que visam criar e estimular os circuitos curtos de comercialização e mercados de proximidade, por forma a escoar pequenas produções de qualidade, preferentemente associadas a denominações de origem, e, ao mesmo tempo defender a pequena agricultura familiar para a qual adotou já um conjunto de medidas de discriminação positiva”. Entre estas medidas destaque para um aumento de 20% dos pagamentos para o regime dos pequenos agricultores e à majoração de 50€/ha para os primeiros 5 hectares de todas as explorações, no âmbito do primeiro pilar da PAC, bem como à elevação para 40 mil euros do montante elegível para apoio ao primeiro investimento nas pequenas explorações, e ao apoio de 200 mil euros para as pequenas industrias transformadoras na ordem dos 50% a fundo perdido (PDR2020).
Segundo Capoulas Santos, “a estratégia delineada no que diz respeito à aplicação do regadio, ao reforço da experimentação e da investigação agrárias, e à aposta no rejuvenescimento do tecido empresarial e da agricultura biológica, permite-nos ser responsavelmente otimistas quanto ao futuro”.
Nesse sentido, o Governo acredita que será possível “garantir o equilíbrio, em valor, da nossa balança agroalimentar”. O responsável pela pasta da Agricultura explica “no caso das frutas, só nos dois primeiros meses deste ano, a taxa de crescimento das exportações cresceu acima dos 15% face ao ano anterior e no caso do azeite, na última década quadruplicámos a produção e triplicámos as exportações, assistindo-se neste momento a um enorme dinamismo do setor dos frutos secos”.