O secretário regional da Agricultura e Florestas dos Açores defendeu, esta quarta-feira, a manutenção de um plano estratégico próprio para a Política Agrícola Comum 2021/2027 que se adeqúe às especificidades do setor no arquipélago.
«Os Açores são uma região dotada de autonomia política, legislativa e administrativa, com especificidades próprias, que importa continuar a atender no próximo quadro comunitário, sendo para isso importante que tenha um plano estratégico próprio para a Política Agrícola Comum (PAC) 2021/2027», afirmou João Ponte, após uma reunião em Lisboa com o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, e com o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira.
Segundo nota de imprensa do executivo regional, João Ponte sublinhou que as características dos Açores «tornam mais difícil o exercício da agricultura, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento harmonioso das zonas rurais, exigindo abordagens distintas do território continental, metas e objetivos diferentes, que só podem ser atendidas com políticas e respostas diferenciadas». «Por isso, o Governo dos Açores defende a regionalização dos planos estratégicos para a próxima PAC», adiantou João Ponte.
A proposta de regulamento para a implementação da PAC de 2021/2027 dita a elaboração de um plano estratégico único por Estado-membro, que abrange o apoio comunitário no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER).
Para o governante, a execução da proposta «levaria à definição de indicadores e metas que não têm aplicação nos Açores, porque a realidade agrícola é distinta do território continental».
João Ponte defende, também, a necessidade de um período de transição de um ou dois anos entre o atual e o próximo Quadro Comunitário de Apoio, para que sejam garantidos os apoios aos agricultores e os meios financeiros para a modernização do setor, tendo-se mostrado satisfeito com o apoio do Governo nacional nestas matérias.
Fonte: Lusa