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O Executivo emitiu esta segunda-feira (24 de setembro) uma nota em que esclarece que apoia os produtores de ovelhas típicas da Serra da Estrela e que a Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE),tem neste momento em curso um projeto para melhoramento genético e proteção da raça.
“Os produtores de ovelhas recebem uma ajuda de 34 euros por animal para apoiar a produção e o melhoramento da raça: 19 euros por animal no âmbito do I Pilar da PAC (ajuda direta) e, precisamente por se tratar de uma raça autóctone, a ovelha bordaleira recebe mais 15 euros no âmbito do II Pilar da PAC (desenvolvimento rural)”, defende o gabinete do ministro da Agricultura, Capoulas Santos,
O esclarecimento surge depois de o deputado socialista Santinho Pacheco ter questionado o Governo sobre a disponibilidade para apoiar um programa de defesa e salvaguarda da ovelha bordaleira da Serra da Estrela com o objetivo de promover o aumento da produção de leite. O deputado questionou ainda o Governo sobre a sua disponibilidade para, em conjunto com a ANCOSE – Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela, “estudar um programa de defesa e salvaguarda da ovelha bordaleira da Serra da Estrela”.
Santinho Pacheco instou o Executivo a apoiar a instalação de centros de recria de borregas, para estas serem disponibilizadas para melhoramento animal, “como forma de garantir o leite indispensável ao fabrico do queijo Serra da Estrela”.
O Governo esclarece agora em comunicado que a ANCOSE “tem em curso um projeto apoiado pelo Ministério da Agricultura para melhoramento genético e proteção da raça. Trata-se de um projeto ao qual foram atribuídos 1.672.188.00 euros a fundo perdido. Estando o projeto no seu último ano de execução, a ANCOSE executou apenas uma parte do montante disponível, tendo 1.010.020.00 a aguardar comprovativos de despesa no IFAP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas”.
O deputado socialista diz que, “para que a Serra da Estrela continue a ter pastores que produzam o genuíno queijo da serra, é preciso, desde logo, que se defenda a raça bordaleira (…) Quer os criadores dessa ovelha, quer os pastores em geral começam a ficar alarmados com o número cada vez menor de cabeças, tanto mais que, em consequência dos incêndios de 2017, o efetivo diminuiu em alguns milhares”.
