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O Governo acredita que é preciso manter a sustentabilidade do regadio, sobretudo no contexto dos desafios emergentes para a agricultura. A posição foi defendida esta semana pelo secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Vieira, que marcou presença no Conselho Informal de Ministros da Agricultura e que foi dedicado ao tema ‘Alterações Climáticas e Recursos Hídricos na UE: desafios emergentes para a Agricultura’.
Durante a sua intervenção, Luís Vieira alertou para os efeitos das alterações climáticas na atividade agrícola e na segurança alimentar, referindo que “a evolução da PAC não deve introduzir incerteza para o setor produtivo, particularmente no apoio ao investimento no regadio sustentável, pois só com uma estratégia de médio-longo prazo se poderá assegurar um quadro de atratividade para o investimento no setor agroalimentar”.
Para o secretário de Estado da Agricultura, “a natureza transversal das temáticas da água e clima conduz à necessidade de uma articulação eficaz das políticas europeias de ambiente, clima e agricultura, orientadas para quatro objetivos: desenvolvimento de metodologias e cenários de antecipação da evolução climática acessíveis para o setor produtivo; aprofundamento da estruturação do conhecimento, particularmente em boas práticas agrícolas; disseminação do conhecimento e da inovação ao nível da utilização de novas tecnologias, nomeadamente a agricultura de precisão; e apoio a investimento dirigido para a gestão eficiente, no quadro da economia circular.
“A modernização da PAC deve responder a estes desafios e contribuir para garantir um setor vivo e dinâmico, capaz de suscitar interesse por parte de jovens e novos agricultores e desenvolver a resiliência dos sistemas agrícolas”, defendeu o Secretário de Estado da Agricultura, acrescentando que “neste contexto, é essencial que se atue preventivamente para mitigar os fenómenos extremos, como é o caso das inundações e da seca, em que o apoio às infraestruturas de prevenção, incluindo o regadio, é determinante”.