O ano hidrológico 2018/2019 terminou em setembro e o país vizinho libertou uma média de 14 milhões de metros cúbicos de água diários da barragem de Cedilho, apenas durante o mês de setembro, para que se cumprisse o volume anual integral estabelecido na Convenção de Albufeira. O Governo português não escondeu a sua reprovação.
"Portugal já referiu de forma clara a Espanha que vai reforçar a sua atitude na próxima reunião plenária da CADC (Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção de Albufeira), propondo o incremento de mecanismos de controlo que permitam evitar no futuro situações desta natureza", afirmou o MAAC (Ministério do Ambiente e Ação Climática) em declarações ao jornal Público. "Nunca se tinha atingido uma situação em que o diferencial do escoamento acumulado em junho para o integral tivesse uma diferença tão significativa, mesmo nos anos em que se verificaram condições de exceção".
Segundo o Público, o Governo português nunca recebeu qualquer justificação por parte de Espanha, mesmo perante o período de seca que os agricultores portugueses têm vindo a enfrentar.
O problema da seca não é de hoje. Nos últimos 20 anos, o caudal vindo de Espanha reduziu cerca de 25 por cento, o que se revela preocupante para o território português. Atualmente, o caudal do rio Tejo está transformado num pequeno fio de água em várias zonas pelas quais passa. A situação revela-se problemática para vários setor, principalmente, para o setor agrícola.
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Fonte: Agrotec