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A Agência Francesa de Segurança Sanitária (ANSES) anunciou, no início do mês de dezembro, a remoção de 36 produtos à base de glifosato, um dos herbicidas mais utilizado no mundo, mas cuja utilização tem sido debatida desde que a Agência Internacional para a Investigação do Cancro da OMS o classificou como “provavelmente cancerígeno”.
Apesar de a União Europeia ter renovado a licença de utilização do herbicida por cinco anos, existem vários países europeus que estão a limitar a sua utilização, como é o caso da Áustria, Alemanha, Bélgica e, mais recentemente, a França.
“Por decisão da ANSES, 36 produtos serão retirados do mercado e não poderão ser utilizados a partir do final de 2020, devido à insuficiência ou falta de dados científicos para descartar qualquer risco genotóxico” – capaz de danificar o DNA ou causar mutações –, informou a agência através de um comunicado citado pela AFP.
A ANSES indicou, ainda, que irá completar uma revisão dos produtos com glifosato até ao final do próximo ano e “apenas produtos à base de glifosato que atendem aos critérios de eficiência e segurança definidos a nível europeu (…) e que não podem ser substituídos satisfatoriamente” poderiam entrar no mercado francês.
A França tinha 69 produtos comercializados com a substância ativa, sendo que dos 36 retirados do mercado representaram, em 2018, “quase três quartos da tonelagem de produtos à base de glifosato vendidos em França”, de acordo com a ANSES.
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Fonte: Vida Rural