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O Parlamento Europeu propôs no início deste ano ações de “grande escala” para proteger a saúde das abelhas e apoiar os apicultores europeus, defendendo inclusive a proibição de substâncias como os neonicotinóides, que têm contribuído para o declínio das colónias de abelhas. O Governo francês decidiu agora tomar medidas extra para combater o problema, exigindo a proibição de utilização de cinco substâncias, mais do que as exigidas pela UE.
Os neonicotinóides são um dos agroquímicos mais utilizados em todo o mundo, sendo utilizados em culturas como beterraba, trigo, colza, árvores de fruto e vinha. Em abril deste ano, a União Europeia avançou com a proibição de utilização em campo de três neonicotinóides (clotianidina, tiametoxam e imidacloprida) que já eram alvo de restrições desde 2013, mas o Governo francês decidiu ir mais longe e proibir também as substâncias tiaclopride e acetamiprida.
Em declarações à agência noticiosa francesa AFP, o diretor científico do Instituto da Abelha, Axel Decourtye, defende que “é preciso lutar contra as doenças e os predadores (…), contra a degradação dos habitats e o empobrecimento da flora. Numa colmeia em França, encontram-se muitos outros resíduos de pesticidas além dos neonicotinóides.”