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Depois de uma petição pública que recolheu 15 mil assinaturas válidas, a proibição da utilização do glifosato vai ser discutida numa audiência marcada para esta quinta-feira (7 de março) na Comissão Parlamentar do Mar e da Agricultura. A petição partiu de Mateus Carvalho, vice-presidente do movimento político Volt, e está a gerar, de acordo com a Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA) “um alarmismo desnecessário em torno do risco de contaminação da população portuguesa por exposição ao glifosato”.
Numa nota enviada às redações, a Anipla diz que se sente “na obrigação de pública e abertamente reforçar que a segurança dos produtos fitofarmacêuticos para a saúde humana é uma prioridade para a indústria. O glifosato é um herbicida utilizado há mais de 40 anos por agricultores, para, de forma segura e eficaz, controlarem a vegetação (ditas infestantes ou ervas daninhas) indesejada.”
“Todos os produtos fitofarmacêuticos, incluindo o glifosato, estão sujeitos a uma supervisão rigorosa pelas autoridades reguladoras, sendo que a União Europeia, em particular, impõe os mais elevados níveis de controlo e segurança em torno da indústria fitofarmacêutica e agroalimentar. Nenhuma Autoridade Reguladora no mundo classificou o glifosato como carcinogénico. Antes de uma substância chegar ao mercado, as empresas que as produzem elaboram um vasto dossier com centenas de estudos científicos produzidos sob rigorosas condições laboratoriais, totalmente auditáveis, que submetem às autoridades reguladoras, como a EFSA (Autoridade Europeia de Segurança Alimentar), a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) e muitas outras autoridades reguladoras que realizam, por sua vez, ‘avaliações de risco’”, acrescenta a associação.
“Perante este enquadramento, a Anipla não pode concordar com este tipo de alarmismos e apela às entidades portuguesas responsáveis para que intercedam a favor da boa informação à população portuguesa, na defesa da seriedade do trabalho desenvolvido pelos profissionais agrícolas e de outros setores utilizadores destes produtos em Portugal, e também, pelo respeito pelo trabalho de rigor científico e tecnológico. A indústria fitofarmacêutica, que investe anualmente milhões de euros a estudar e promover a segurança dos produtos de proteção das plantas, considera totalmente irresponsável a realização e promoção pública de alegados ‘estudos’ que são facilmente enviesados pela ausência de qualquer rigor e escrutínio científico – conduzindo à recolha de dados que são depois apresentados como representativos da população, com consequências inesperadas na confiança e tranquilidade da mesma”, conclui a Anipla.