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Foi no passado dia 13 de junho que a Fenapecuária realizou o seminário ‘Carnes.PT’, uma iniciativa para debater os desafios do mercado das carnes nacional, a promoção da qualidade da produção e a sua distribuição e comercialização.
Olga Moreira, do INIAV- Instituto Nacional de Investigação Agrária, foi uma das participantes e defendeu que é preciso “encontrar um balanço entre a produtividade, a segurança alimentar e a ambiental através de sistemas de produção sustentáveis com capacidade de adaptação às alterações climáticas, que respondam às necessidades da população em alimentos e que contribuam para a segurança alimentar”.
Já Ana Geraldo da APEZ – Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica, explicou que, numa altura em que tanto se fala em alternativas à carne, mudanças alimentares e consequências do consumo de carne, “urge a necessidade de respostas e novidades da fileira da carne.”
Por sua vez Isabel Moreira, PortugalFoods, questionou sobre as ameaças e as oportunidades para as empresas do setor agroalimentar na perspetiva da valorização da produção, deixando no ar a pergunta “serão as novas tendências alimentares uma ameaça para os setores tradicionais ou uma oportunidade para as empresas portuguesas?”
Já Vítor Menino, um dos dirigentes da Fenapecuária, aproveitou para mostrar que a federação está contra a transferência de funções para as autarquias em matéria de inspeção sanitária, considerado que esta medida pode pôr em causa a saúde pública. “O decreto lei que entrou em vigor em janeiro vai colocar em causa a saúde pública. A municipalização das atividades inspetivas veterinárias coloca em causa a autonomia, a isenção, a imparcialidade e a independência necessárias. Por esse motivo, o setor pecuário e a Fenapecuária são completamente contra a transferência de funções das atividades necessárias ao setor para as Câmaras Municipais, pois constitui um retrocesso”, sublinhou.
O presidente da Fenapecuária, Idalino Leão, defendeu também a necessidade do Fundo Ambiental estar ao serviço da pecuária e também a necessidade de se investir na valorização dos efluentes pecuários, promovendo assim a economia circular no setor e a rentabilidade para os seus agentes.
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Fonte: Vida Rural