FAO apela a intervenções que garantam fim do “ciclo intergeracional da má nutrição”

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A União Europeia e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) vão trabalhar nos próximos dois anos, em conjunto, no sentido de promover a resiliência das comunidades face às crises alimentares, melhorando a utilização dos recursos naturais, investindo na atividade agrícola e apostando nos sistemas de produção alimentar.

Um estudo recentemente publicado pela ONU – O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo em 2018 – revela que, em 2017, o número de pessoas subalimentadas em todo o mundo era superior a 821 milhões.

De acordo com o documento, “os sinais alarmantes de aumento da insegurança alimentar e altos níveis de diferentes formas de desnutrição são um aviso claro de que há um trabalho considerável a ser feito para garantir que não deixamos ninguém para trás no caminho para alcançar as metas sobre segurança alimentar e melhor nutrição”.

A contrastar com estes números está o crescimento da obesidade não só nos países desenvolvidos, mas também em vários países de África e Ásia, estimando-se que existam cerca de 672 milhões de pessoas com excesso de peso em todo o mundo.

A FAO apela agora à “implementação e aumento de intervenções que visem garantir o acesso a alimentos nutritivos de forma a quebrar o ciclo intergeracional da má nutrição. As políticas públicas devem prestar especial atenção aos grupos mais vulneráveis às consequências nefastas do fraco acesso a uma alimentação adequada: bebés, crianças menores de cinco anos, crianças em idade escolar, meninas adolescentes e mulheres. Ao mesmo tempo, deve ser levada a cabo uma transição sustentável nos sistemas agrários sensíveis à nutrição e aos sistemas alimentares que podem fornecer alimentos seguros e de alta qualidade para todos.”

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