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Domingos Xavier Viegas, especialista em incêndios e investigador do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, afirmou este domingo que Portugal aprendeu a lição sobre os incêndios nos últimos dois anos, mas “infelizmente continua a faltar” um trabalho de preparação da floresta para ajudar os bombeiros a antecipar o fogo.
Citado pela Rádio Renascença, o especialista diz que “infelizmente continua a faltar aquele trabalho de estrutura de preparação da nossa floresta para estas realidades de criação de mais faixas de gestão de combustíveis. Mais redução de combustíveis em zonas críticas que permita aos bombeiros, em grandes incêndios como estes, terem zonas de defesa para poderem estrategicamente antecipar e pensar: ‘nós temos hipóteses de travar o fogo aqui’”.
O investigador diz ainda que hoje os portugueses estão mais sensibilizados para o problema dos incêndios e que os meios de combate estão melhor preparados, contudo, refere que “não quer isto dizer que esteja tudo feito, nomeadamente quanto à população e à sua sensibilização. Há muita coisa que tem de ser feita, como a melhoria da sua prevenção e segurança”.
Este sábado, por volta das 15H00, começou um incêndio em Vila de Rei que mais tarde se estendeu a Mação. O fogo permanece ativo e até este domingo à noite estava a ser combatido por cerca de 855 operacionais.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), neste momento existem cerca de 40 concelhos em risco máximo de incêndio, nomeadamente Vila de Rei e Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, e Mação e Sardoal, em Santarém.
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Fonte: Vida Rural