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A cultura de espargos verdes é a mais recente aposta da Cooperativa Agrícola de Felgueiras. Esta estratégia, iniciada em 2013, assenta em quatro linhas principais: ocupar com eficácia pequenas parcelas agrícolas (o minifúndio é característico da região); rentabilizar o investimento nas câmaras frigoríficas, utilizadas basicamente na conservação de kiwis; fugir à vaga das plantações de cogumelos e frutos vermelhos; e lançar no mercado um produto diferente, fresco, com escoamento assegurado.
Rui Pinto, diretor da Cooperativa Agrícola de Felgueiras, faz à VIDA RURAL um balanço muito positivo desta aposta. Este ano, os 15 produtores de espargos verdes associados à cooperativa deverão produzir entre 10 a 12 toneladas, o que significa que vão duplicar a produção face a 2016. Rui Pinto garante que se houvesse mais espargos verdes, mais se venderia. E dá o exemplo de uma encomenda de uma palete de espargos (800 quilos) que chegou da Holanda e à qual não foi possível dar resposta. “Este ano, toda a gente quer comprar espargos”, sublinha.
Não faltará espaço para crescer. A proximidade com os grandes centros de consumo europeus é uma boa arma para combater a concorrência dos espargos oriundos do Peru e do México, que não conseguem garantir a mesma frescura. Já a China, também forte produtora, exporta para a Europa espargos em conserva e processados. E no mercado nacional está quase tudo por fazer. Longe de ter um grande consumo, Portugal é ainda assim um importador, cifrando-se a conta em cerca de um milhão de euros por ano.
Expandir com sustentabilidade
O responsável quer ver mais produtores a investir nesta nova cultura na região. Contudo, essa expansão deve ter sempre em conta a vertente oferta/procura, alerta, nomeadamente para que haja boa remuneração ao produtor e não se caia em erros como já sucederam com outras culturas. Atualmente, os 15 produtores de espargos verdes têm um total de 22 hectares plantados e Rui Pinto assegurou já para a próxima época encomendas de garras (as raízes) para mais três hectares. “Queremos um crescimento sustentado, que a remuneração ao produtor seja boa”, frisa.
Rui Pinto, diretor da Cooperativa Agrícola de Felgueiras
A Cooperativa Agrícola de Felgueiras quer também fazer alguns investimentos para melhorar o processo de embalamento para comercialização. Segundo Rui Pinto, as áreas da lavagem e do corte dos espargos podem ser melhoradas. O responsável está a equacionar a compra de uma serra elétrica, de uma calibradora e também de uma pequena câmara frigorífica para agilizar todo o processo de embalamento. Investimentos que deverão ser concretizados em 2018.
Neste momento, a região está em plena colheita. São 12 semanas de apanha, que este ano tiveram início a 10 de março e que terminam em junho. Como salienta Rui Pinto, a 10 de março “já tínhamos espargos para comercialização e os espanhóis [grandes produtores]ainda não”. Esta antecipação, fruto do aumento das temperaturas nessa altura, criou “uma janela de oportunidade” para escoar estes hortícolas no mercado.
Colheita diária
A cultura do espargo exige na época da colheita um trabalho intensivo. Todos os dias é necessário cortar os espargos prontos para comercialização. O produto deverá ter 25 centímetros de altura para estar pronto para o corte, que é manual. O espargo é cortado logo cedo pela manhã e transportado para a Cooperativa Agrícola de Felgueiras até às 11h30, meio-dia. Nas instalações desta entidade é colocado no frio, para receber um choque térmico de quatro graus ao longo de duas horas. Esta fase é essencial para travar o crescimento do espargo que, de outra forma, iria continuar a evoluir dada a quantidade de água que possui. O espargo pode ficar até seis dias no frigorífico sem perder frescura.
O espargo é ainda lavado, cortado e embalado por funcionários da cooperativa, para que no dia seguinte esteja em locais tão díspares como o Mercado Abastecedor do Porto, na Estela (de onde segue para Espanha), Paços de Ferreira, em restaurantes como o Ferrugem, em Famalicão, e nos hotéis Pestana, no Porto, para além de outros pontos de venda assegurados por intermediários, como é exemplo os supermercados El Corte Inglés. De acordo com Rui Pinto, nesta altura, a cooperativa processa entre 200 a 300 molhos por dia, sendo que cada molho tem um peso de 330 gramas.
Remunerar bem o produtor
A Cooperativa Agrícola de Felgueiras tem como premissa assegurar uma boa remuneração ao produtor de espargos verdes. Na última campanha, a cooperativa adquiriu o quilo de espargos a um preço médio de 4,56 euros e para a atual Rui Pinto prevê manter o valor. Para o responsável, este “é um preço bom”, mas que exige planeamento. Um dos requisitos é não prolongar a campanha da colheita por mais de 12 semanas.
As regiões espanholas de Granada, Badajoz e Madrid são grandes produtoras de espargos e uma das estratégias para vencer no mercado, como sucedeu agora, é conseguir antecipar a colheita para garantir bom preço. A outra é terminar a colheita em junho, de forma a que a planta descanse e acumule reservas. Como explica Rui Pinto, “com o corte, a garra autoestimula-se e está sempre a produzir. Quando se deixa de cortar, a planta canaliza a energia para a raiz, para a flor…” Este processo é determinante para a saúde da hortícola. E no entretanto os espanhóis vão colocando o seu produto no mercado e o preço, seguindo a linha da oferta e da procura, cai. “Não quero estar a pagar ao produtor 1,50 euros o quilo”, sublinha o diretor da Cooperativa Agrícola de Felgueiras.
Da plantação à colheita
A cultura de espargos verdes não tem muita ciência. O único senão poder-se-á dizer que é a necessidade de mão-de-obra intensiva durante a colheita. É uma boa escolha para minifúndios, já que é um produto rentável mesmo para quem possua terrenos pequenos. Como conta Rui Pinto, “chegam às vezes produtores à cooperativa a perguntar o que podem fazer com meio hectare. É uma carga de lenha às costas!”
A Cooperativa Agrícola de Felgueiras está a comprar em Espanha duas variedades de garras certificadas: a Placosesp e a Darzila. Segundo Rui Pinto, são variedades que possuem garantia de sanidade e são comercializadas nas medidas standard (35 gramas) e top (75 gramas). A cooperativa também vende aos produtores garras biológicas.
A grande maioria dos produtores adquire garras standard, já com um tratamento antifúngico, que a cooperativa vende a 40 cêntimos/cada. Por hectare, a cooperativa entende que o ideal é plantar 26 mil garras, um investimento ligeiramente superior a 10 mil euros. Nas contas de Rui Pinto, é possível retirar seis toneladas de espargos por hectare ao fim de três anos. O responsável adianta ainda que o investimento do agricultor ronda os 15 mil euros por hectare – compra de garras, adubo e preparação do terreno.
A plantação deve realizar-se em março/abril, preferencialmente em solos ricos em matéria orgânica e totalmente limpos. A garra coloca-se a 25 centímetros de profundidade, numa vala com 50 centímetros – que é tapada –, e planta-se as raízes em linha. O compasso entre linhas deverá ter 1,5 metros. A Cooperativa Agrícola de Felgueiras aconselha um período de três anos para o desenvolvimento da hortícola, antes da primeira colheita. Isto para permitir o crescimento da garra e assegurar uma produção que pode chegar aos 15 anos. Nesta fase inicial, o produtor mantém o terreno limpo, livre de lesmas e caracóis, e deixa a planta crescer e realizar todo o ciclo. Curiosamente, houve épocas em que esta planta foi considerada ornamental.
Nos primeiros dois anos, a cultura de espargos carece de muita água, porque a planta está a adaptar-se, mas posteriormente as necessidades de rega diminuem muito. Como adianta Rui Pinto, a rega passa a fazer-se duas a três vezes em épocas críticas, até porque se a hortícola tiver muita água apodrece. A partir do quarto ano, a planta já vai buscar ao solo a humidade que necessita. Três anos volvidos da plantação, o terreno entra em velocidade cruzeiro, com o aproveitamento a 100% da produção.
Como é uma cultura nova na região não há a registar doenças relevantes. A principal é o alfinete (até porque grande parte destes terrenos foram campos de milho). Rui Pinto aconselha os produtores a utilizarem um inseticida nas bordaduras do terreno e sublinha que só se aplica um químico na cultura, herbicida. No final da campanha, o terreno deverá receber duas ou três toneladas de matéria orgânica e nutrientes como o fósforo, caso seja necessário, para compensar o que a planta perdeu na colheita. Em dezembro, é ‘cortada rasa’ e o terreno limpo e adubado, deixando em repouso por um período de 90 dias.
A voz de quem produz
António Ferreira foi um dos produtores que, em 2013, aceitou o desafio da Cooperativa Agrícola de Felgueiras e investiu na plantação de espargos verdes. Este agricultor de Felgueiras tem o seu negócio centrado na produção de legumes (couves, grelos, alfaces, tomates, pepinos, feijão verde) e resolveu diversificar e ter mais um produto para escoar, quer para a cooperativa quer para os seus clientes de retalho tradicionais. Para já, explora uma pequena produção de 300 metros quadrados, mas quer já este ano aumentar.
Na sua opinião, a cultura do espargo é “muito fácil. De finais de fevereiro a junho colhe-se e depois deixa-se ficar até dezembro”, altura em que é necessário cortar rasa a planta. Os custos são também pequenos, dada a pouca utilização de fertilizantes e inseticidas, diz à Vida Rural. A mão-de-obra assenta muito na família, sendo que duas pessoas na época da campanha tem sido suficientes. A cultura de espargo tem essa característica, adaptar-se muito bem a minifúndios e a uma agricultura de base familiar. Quanto à utilização de água, no ano passado “pus o aspersor a funcionar nem meia dúzia de vezes”, garante.
António Ferreira admite que o preço que recebe por quilo da cooperativa “é muito bom”, para além que comercializa diretamente aos supermercados da região, seus clientes. Este produtor fatura cerca 20 a 30 mil euros por ano e os espargos permitem-lhe ter mais um produto para vender e com valor.
António Ferreira aceitou o desafio da cooperativa para produzir espargos
Albino Sérgio, produtor de vinho verde e kiwis, na Lixa, começou com meio hectare e hoje já explora dois hectares. Por estes dias, a apanha é árdua. O senhor Veloso, empregado nesta propriedade, é uma das pessoas que colhe diariamente os espargos, que já atingiram a altura certa (25 centímetros). Quando a temperatura está ideal (20 graus de dia e 10 de noite), os espargos podem crescer 12 centímetros no período noturno. Quase que se podia ver. “É um trabalho de todos os dias”, diz o senhor Veloso. Já Rui Pinto realça que na campanha pode ser necessário o trabalho de três pessoas por hectare, e é isso que encarece o projeto.
Para o arranque da cultura de espargos na região, Rui Pinto desafiou seis produtores. O responsável queria “pessoas que acreditassem” na cooperativa, que soubessem que “não íamos vender gato por lebre”. Fernando Guimarães começou com um hectare em 2013 e entretanto tem já outra pequena plantação, ainda em fase de desenvolvimento (tem dois anos). Mas este agricultor está confiante. Por estes dias, prepara mais um terreno para plantar novas garras.
Em Vizela, há um produtor associado que investiu na plantação de espargos biológicos, para o qual a cooperativa tem um mercado específico. Por sua vez, Albino Sérgio está a preparar-se para obter a certificação GlobalGap para a cultura dos espargos. Toda a sua produção de Kiwis já tem esta certificação, importante para quem quer exportar, já que é reconhecida a nível mundial. Rui Pinto reconhece que esse é o caminho, que o mercado europeu exige esta certificação, mas vê dificuldades para a maioria dos agricultores devido aos custos do processo. O GlobalGAP exige um conjunto de regras nas áreas da gestão, saúde, segurança e higiene no trabalho, gestão de resíduos e poluentes, entre outras.
Estes projetos de pequena dimensão podem receber apoios comunitários. Como adianta Rui Pinto, um investimento até 40 mil euros tem um apoio de 50%. A compra das garras, de matéria orgânica e fertilizantes, a preparação do terreno, a rega, uma moto-cultivadora são tudo custos elegíveis para financiamento. A Cooperativa Agrícola de Felgueiras é também nesta área um parceiro para os agricultores, dispondo de um gabinete que elabora as candidaturas e os pedidos de pagamento.
Mercado com boa procura
A produção de espargos verdes dos atuais 15 produtores associados da Cooperativa Agrícola de Felgueiras deverá chegar este ano às 10/12 toneladas. Quando começaram as primeiras colheitas, em 2015, foram recolhidas duas toneladas destes hortícolas. O número de produções em fase de colheita foi aumentando e já no ano passado retirou-se seis toneladas, com um total de nove produtores no ativo. O mercado respondeu eficazmente ao escoamento do produto. “No ano passado, escoámos tudo e mais houvesse”, diz Rui Pinto.
Espanha, grande produtor e consumidor de espargos verdes, absorve já 70% da produção dos associados da Cooperativa Agrícola de Felgueiras. Os molhos de espargos saem das instalações cooperativas embalados sob a marca Isla Bonita. Os restantes 30% destinam-se ao mercado nacional, quer com a marca Terras de Felgueiras, marca própria da cooperativa, quer sob marcas de intermediários. Rui Pinto quer potenciar a marca própria, melhorar a imagem, pois ainda não conseguiu conquistar mercado, e lançar-se em novos desafios e mercados. Atualmente, os espargos sob marca Terras de Felgueiras encontram-se à venda no Mercado Abastecedor do Porto, em pequenos supermercados da região e na loja da cooperativa.
Os espargos são comercializados em três formatos diferentes, de acordo com o calibre. Como explica Rui Pinto, os molhos são de calibre XL (acima de 16 milímetros), muito apreciados pelos espanhóis, L (entre 10 e 16 milímetros), requisitados pelo mercado nacional e fino (inferior a 10 milímetros), que os ingleses muito apreciam e que se assemelham ao espargo selvagem.
No mundo dos produtos normalizados, há sempre desperdícios, mas que podem constituir uma oportunidade. São os espargos que cresceram defeituosos e as sobras do corte para normalizar o produto nos 25 centímetros. Rui Pinto vê nestes espargos valor económico e quer avançar com novos projetos já no próximo ano. Como refere, “o mercado inglês é doido por cabeças e nos espargos defeituosos é possível aproveitar as cabeças, embala-se em vácuo e exporta-se”. O mercado inglês paga 12 euros por quilo, avança. O responsável adianta ainda que os três centímetros de caule que não são aproveitados no corte podem ser congelados e vendidos a empresas de catering como base para sopas.
Promover o consumo
O espargo, que pode ser encontrado de cor verde ou branca (esta espécie não apanha sol), não teve ainda grande aceitação em Portugal devido ao seu preço, um pouco elevado. É ainda considerado um produto de luxo. Já na Europa central é muito utilizado na gastronomia. Segundo Rui Pinto, promover o consumo de espargos no país é outro dos desafios.
A cooperativa já realiza ações de promoção que vão desde uma receita inserida no molho de espargos sob a marca Terras de Felgueiras, a ações de formação e showcooking e, em conjunto com a autarquia, introduziu o espargo na edição gastronómica local Sabores In. Aliás, já está agendada para 6 de maio uma ação para conhecer e degustar espargos, promovida na Cooperativa Agrícola de Felgueiras. O programa, que tem um custo de 10 euros, inicia-se com uma formação sobre a cultura de espargos, seguindo-se uma visita a uma produção local para, no final, os participantes assistirem a uma demonstração culinária com base em espargos e provarem essas especialidades, acompanhas do vinho verde da região.
Já todos sabem o valor do consumo de legumes e hortícolas na saúde, mas nem todos saberão os benefícios de comer espargos. O consumo deste hortícola, que possui ácido fólico, permite combater defeitos congénitos nos fetos e é essencial para um sistema cardiovascular saudável. O espargo é também um diurético natural e um bom alimento para a flora intestinal. De sabor suave, este hortícola é pouco calórico.
A Cooperativa
A comemorar 60 anos, a Cooperativa Agrícola de Felgueiras ambiciona também ter um papel no futuro da produção e comercialização do espargo em Portugal e na Europa. Com 4600 associados, a instituição tem no vinho verde o seu principal negócio. São mais de mil viticultores a vender as suas uvas à cooperativa, que através da sua associada Vercoope produz uma média anual de cinco milhões de litros de vinho verde e o comercializa.
A cultura do kiwi tem também forte expressão junto dos associados. Felgueiras é o concelho com a maior área de plantação de kiwis do país, totalizando 250 hectares, da responsabilidade de 100 produtores. A plantação começou há 35 anos no concelho e hoje a produção ascende a mil toneladas por exercício, 90% com destino ao mercado espanhol – o segundo país com maior consumo per capita do mundo de kiwi, só ultrapassado pelo Japão. E prepara-se já a plantação de mais quatro hectares. Na sede da cooperativa de Felgueiras estão instaladas câmaras frigoríficas com capacidade para 1600 toneladas de kiwis. Todas as plantações estão certificadas com GlobalGap.
A Cooperativa Agrícola de Felgueiras é responsável por uma faturação da ordem dos nove milhões de euros anuais, com o vinho a valer quatro milhões. A plataforma de venda da instituição garante outros quatro milhões. Por sua vez, o kiwi vale perto de meio milhão de euros e o remanescente da receita é obtido através da prestação de serviços. A cooperativa é gerida por cinco administradores e possui 35 funcionários.
A CULTURA DE ESPARGOS ASSOCIADA À COOPERATIVA AGRÍCOLA DE FELGUEIRAS
Produtores: 15
Área de plantação: 22 hectares
Plantação: entre fevereiro/março/abril. Idealmente em terrenos com PH 5-6 e que não estejam encharcados. Compassos de 1,5 m x 0,25 m; garra a 25 cm de profundidade numa vala. Estrume no fundo e, caso necessário, fósforo e potássio
Produtividade em velocidade cruzeiro: 6 toneladas por hectare
Escoamento: Espanha absorve 70% da produção e o restante é adquirido pelo mercado nacional
Preço: 4,56 euros é quanto a cooperativa tem pago em média por quilo
Produção anual: 10 a 12 toneladas (previsão para a atual campanha)
Necessidades hídricas: água nos primeiros três anos, depois o sistema radicular desenvolve-se e as necessidades são menores
Problemas: o encharcamento, o alfinete, a rosca e o vento
Mão-de-obra: Exigência de mão-de-obra na apanha, preparação e controlo de infestantes. Cerca de três pessoas por hectare entre março e junho. Depois de instalada a cultura, os custos de exploração são mínimos
Colheita: espargos com mais de 25 centímetros, direitos, sem sujidades ou terra, coroa fechada, sem defeitos e com algum calibre
Artigo completo na edição de abril de 2017 da revista VIDA RURAL