–
Foi em 2002 que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) lançou o projeto ‘Escola na Machamba’, uma iniciativa que tem como objetivo ensinar aos pequenos agricultores moçambicanos a lidar com as alterações climáticas. Desde então, a iniciativa já chegou a 2000 locais do país e já formou mais de 60 mil produtores.
Olman Serrano, que há cerca de um mês assumiu o cargo de representante da FAO em Moçambique, defende que a formação dos agricultores do país deverá continuar a ser prioritária, com destaque para as técnicas que os ajudem a sobreviver às mudanças climáticas. O responsável diz também que a solução de deverá passar por apostar em novas culturas.
“Mesmo que os agricultores e a população não estejam acostumados a utilizar a mandioca, cultivando-a têm mais probabilidade de reduzir os efeitos das mudanças climáticas”, defende. Para além disso, “a promoção de culturas mais eficientes, estratégias de armazenamento e comercialização de produtos” também poderão ajudar os agricultores do país, diz.
Em 2017, também o Governo de Cabo Verde apostou num projeto para preparar as práticas da agricultura familiar do país para as alterações climáticas. Batizado de ‘Adaptação da Agricultura Familiar às Mudanças Climáticas’, este projeto terá uma duração de quatro anos e pretende criar alternativas às vulnerabilidades causadas pelos fenómenos ambientais e climatéricos.