–
Um setor tradicional, mas “com olhos postos no futuro” e uma indústria 4.0 foram na passada semana defendidos pelos empresários da indústria da cortiça, durante uma conferência organizada pela Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR).
Durante o evento, que celebrou o 60º aniversário da APCOR, os empresários do setor foram unânimes ao reconhecer que a aposta na indústria 4.0 “pode gerar menos gastos e mais retorno a curto prazo possibilitando o desenvolvimento de produtos customizados.”
António Rios Amorim, presidente da Corticeira Amorim, foi dos que mais se insurgiu sobre o tema aquando da sua intervenção, dizendo mesmo que “os desafios têm de ser vistos como novas oportunidades para crescer e confiar no futuro.”
Já o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, reforçou o bom exemplo que o setor da cortiça dá ao país e a forma como se soube associar com outros setores e valorizar os seus produtos, encontrando novas soluções, novos mercados e novas aplicações. “Quem faz inovação na cortiça em 1º lugar e em todo o mundo são as empresas portuguesas”, reforçou o membro do Executivo.
João Rui Ferreira, presidente da APCOR, aproveitou a presença do ministro para sublinhar o quanto o setor cria riqueza e gera mais-valias para economia, o quanto faz parte da cultura de regiões e de um povo. “Temos muito orgulho na valorização, divulgação e promoção de um setor que molda um dos maiores recursos naturais do país. O percurso tem sido feito a pulso, com espírito de equipa, inovação e empreendedorismo e é com uma enorme dedicação que continuamos a apostar na excelência, em novas aplicações e caminhos. Porque a cortiça merece. E o país também”, afirmou.
2016 foi já considerado um “ano histórico” para o setor da cortiça, com a APCOR a prever que termine com vendas na ordem dos 950 milhões de euros.