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A Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA) emitiu esta semana o seu parecer em relação ao herbicida glifosato. No documento, agência refere que considera a substância “não cancerígena”.
Numa nota enviada às redações, a Anipla refere que “esta é uma tomada de posição que está em conformidade com as conclusões que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) já havia partilhado em novembro de 2015”.
Também em 2015, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) comunicaram, depois de uma análise a diversas substâncias ativas, que é improvável que o glifosato seja genotóxico e carcinogénico para os seres humanos na exposição na sua dieta.
Para António Lopes Dias, diretor executivo da Anipla, “a ciência prevaleceu, e estou verdadeiramente satisfeito com o retomar da verdade e da evidência científica. Esta classificação pela ECHA é consistente com as 90 000 páginas de provas existentes, 3 300 estudos, e as opiniões da EFSA e da OMS”.
Para o responsável, “o parecer não deixa quaisquer dúvidas: o glifosato não é cancerígeno. Ficamos agora a aguardar que a Comissão Europeia avance na maior celeridade com o processo de registo da substância na UE e conceda a aprovação de 15 anos – a mesma aprovação originalmente sugerida pela CE antes da substância ter sido objeto de um debate político e emocional, em vez de um debate com base em factos e ciência”.
A ECHA irá agora emitir o seu parecer a Bruxelas que deverá tomar uma decisão final sobre o glifosato até ao final deste ano.