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A fileira dos cereais considera que o documento da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais é realista e tem condições para ser cumprido.
Numa mesa redonda dedicada a este tema, no âmbito das comemorações do Dia do Agricultor, António Madaleno, presidente da Orivárzea, revelou que a produção de arroz tem grandes oportunidades na exportação e que o setor já exporta 100.000 toneladas anualmente. Este dirigente apontou ainda a importância da investigação e desenvolvimento para este cereal e deu como exemplo “o recente projeto de fortificação de arroz em selénio, que pode ser importante para a criação de valor neste produto”.
Fernando Carpinteiro Albino, presidente da Procereais, frisou que esta estratégia “é mais do exequível” e lançou um desafio aos presentes. “Este trabalho é nosso, e somos nós que temos de valorizar o que é nosso”.
Jaime Piçarra, secretário-geral da IACA, afirmou que “só é possível valorizar melhor os cereais na distribuição, porque a prateleira do supermercado é o nosso guia”. Este responsável disse ainda que é preciso contabilizar o valor do trabalho feito pela produção na área do bem-estar animal, rastreabilidade e práticas ambientais.
A presidente do Clube de Produtores Continente, Ondina Afonso, revê-se na estratégia e objetivos deste plano e acredita “que para além do pão alentejano, vamos conseguir parcerias em muitos outros produtos”. Ondina Afonso ressalva ainda que é preciso integrar a Grande Distribuição na agenda da inovação.
Luís Bulhão Martins, presidente da Cersul, garantiu que os produtores se vão bater para a execução desta Estratégia e será preciso “engenho para que não fique na gaveta”. Este agricultor afirmou ainda que uma das grandes valias deste plano é “remover o irritante” referindo-se aos vários entraves burocráticos que dificultam a vida dos agricultores.