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A afirmação é do diretor-geral do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia, Vladimír Šucha: a digitalização da agricultura vai levar à perda de postos de trabalho, mas tem também o potencial de criar novos empregos no setor.
“É claro que vamos perder alguns empregos, mas também vamos criar outros. Ainda não sabemos bem em que moldes é que isso vai ocorrer”, defendeu o responsável em Bruxelas, durante um debate da Comissão Europeia sobre ‘A digitalização na cadeia alimentar’.
“Temos um modelo de negócio do Ocidente e outro a Leste, mas nenhum deles está em linha com a União Europeia. Temos de encontrar a nossa própria abordagem”, disse ainda Vladimír Šucha, explicando que PAC pós-2020 será também digitalizada, chegando a “um ‘smartphone’ ou um ‘tablet’ para evitar alguma burocracia”.
Wolfgang Burtscher, vice-diretor-geral da área de Investigação e inovação da Comissão Europeia, também presente no debate, defendeu ainda que a agricultura europeia pode reinventar-se, apostando na digitalização, ao mesmo tempo que respeita a tradição.
“A Agricultura é sempre capaz de se reinventar, respeitando as tradições e abraçando a inovação, a tecnologia e novas formas de trabalho”, explicou.
Para Burtscher, a agricultura enfrenta “sérios desafios” como a poluição e as alterações climáticas, sendo uma atividade que contribui, mas também sofre com o impacto destas.