A Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) informou recentemente que foi confirmada oficialmente a presença, pela primeira vez em Portugal, de Candidatus Liberibacter solanacearum (CLsol), haplotipo E, na cultura de cenoura na região do Oeste – Lisboa e Vale do Tejo.
De acordo com esta entidade, «trata-se de uma bactéria que apresenta cinco haplotipos, estando assinalados os haplotipos C, D e E em diversos países da União Europeia associados a Apiáceas, nomeadamente cenoura e aipo, transmitidos pelos psilídeos Bactericera trigonica e Trioza apicalis. As infeções em cenoura têm como principal origem a semente contaminada».
Por outro lado, a DGAV realça que «os haplotipos A e B, que nunca foram assinalados no território da União Europeia, têm como hospedeiros as solanáceas e estão associados a elevadas quebras de produção e depreciação da qualidade da batata. Estes haplotipos são eficientemente transmitidos pelo vetor Bactericera cockerelli, um inseto considerado de quarentena para a União Europeia, onde nunca foi assinalado».
E acrescenta que «importa implementar medidas de mitigação da incidência de CLsol na cultura de cenoura e prevenir a sua introdução no sistema de produção de batata, principalmente nas regiões onde as duas culturas se sobrepõem».
A DGAV alerta ainda os produtores de cenoura e produtores de batata consumo, armazenistas e centrais de embalamento para a presença de sintomas e em caso de suspeita devem contactar de imediato a Direção Regional de Agricultura e Pescas da região, a fim de ser feita a confirmação por análise laboratorial e tomadas as medidas necessárias para evitar a sua dispersão.