Cordeiro, A.M.; Calado, M.L.; Morais, N.; Miranda, A. & Carvalho, M.T.
INRB / L-INIA / URGEMP
Aspectos Gerais
Sinonímias reconhecidas: Quebrançosa, Salgueira.
Disseminação: Trás-os-Montes, Ribatejo, Beira Alta e Alentejo.
Divulgação actual da variedade: Azeite e conserva em verde.
Descrição Agronómica e Económica
– Cultivar muito produtiva e regular. Entrada em produção média. Azeitona de peso médio (±4 g); endocarpo de peso alto (0,45-0,7 g). Relação polpa/caroço média.
– Baixa resistência do fruto ao desprendimento e queda natural reduzida.
– Alta capacidade de propagação por estaca semi‑lenhosa (> 70%).
– Início plena floração (na região de Elvas e ano médio): 9 de Maio; duração média da floração: 16 dias.
– Maturação média (2ª quinzena de Novembro – Elvas).
– Cultivar adaptada à colheita mecânica com vibrador.
– Tolerante ao frio e aos solos calcários e alcalinos. Susceptível à seca e salinidade.
– Média incidência de mosca, de olho de pavão e de tuberculose e baixa incidência de gafa.
– Médio rendimento em azeite (18-22%) e de mediana riqueza em ácido linoleico.
– Cultivar incluída nas DOP “Azeites de Trás-os-Montes”, “Azeites da Beira Alta”, “Azeites do Norte Alentejano” e “Azeites do Alentejo Interior”.
Identificação Morfológica
ÁRVORE: Vigor médio, arborescência média, porte aberto e entre‑nós médios.
FOLHA: Forma elíptico-lanceolada, largura e comprimento médio e curvatura do limbo plana.
INFLORESCÊNCIA: Comprimento curto e nº de flores/inflorescência médio (18-25 flores).
FRUTO: Forma ovóide e assimétrica; diâmetro transversal máximo ao centro; ápice arredondado e base truncada; mamilo presente; lentículas abundantes e pequenas; início de viragem no ápice e arroxeado em plena maturação.
ENDOCARPO: Forma elíptica, ligeiramente assimétrico na posição A e simétrico na posição B; diâmetro transversal máximo ao centro; ápice e base agudos; superfície rugosa; sulcos agrupados junto da linha de sutura (< 7); ápice com mucrão.
Caracterização Molecular
Pedro Fevereiro, ITQB / FC-UL